Lesão idiopática do nervo espinhal acessório

Autores

  • Pedro Cubelo Pereira Serviço de Medicina Física e Reabilitação, Hospital Pedro Hispano, Unidade Local de Saúde de Matosinhos
  • Benedita Bianchi de Aguiar Serviço de Pediatria, Centro Hospital Entre Douro e Vouga
  • Duarte Dantas Serviço de Medicina Física e Reabilitação, Hospital Pedro Hispano, Unidade Local de Saúde de Matosinhos
  • Inês Machado Vaz Unidade de Reabilitação Geral, Centro de Reabilitação do Norte

DOI:

https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v29.i3.18356

Palavras-chave:

atrofia muscular, dor, fisioterapia, lesão nervosa, nervo espinhal acessório, omalgia

Resumo

Paralisia do décimo primeiro nervo craniano – ou nervo espinhal acessório (NEA) − é uma causa rara de escápula alada, levando a incapacidade dolorosa do membro superior devido a diminuição da força e atrofia do músculo trapézio. A maioria das lesões do NEA são iatrogénicas e não é conhecida epidemiologia específica na população pediátrica. Este estudo descreve o caso de uma adolescente de 17 anos de idade referenciada para consulta de Medicina Física e de Reabilitação por omalgia direita insidiosa com dois anos de evolução.
Omalgia combinada com atrofia muscular sugere a ocorrência de lesão nervosa. A eletromiografia é o exame de eleição que, neste caso, revelou desmielinização segmentar e axonotmesis. Após avaliação, a jovem realizou fisioterapia, com excelentes resultados.
Em conclusão, o tratamento de lesões do NEA pode ser conservador ou cirúrgico, sendo a fisioterapia o principal tratamento precoce na maioria dos casos. A recuperação pode ocorrer mesmo após um período significativo de tempo.

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Publicado

2020-08-07

Como Citar

1.
Pereira PC, de Aguiar BB, Dantas D, Vaz IM. Lesão idiopática do nervo espinhal acessório. REVNEC [Internet]. 7 de Agosto de 2020 [citado 6 de Novembro de 2024];29(3):157-9. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/18356

Edição

Secção

Casos Clínicos