Contracepção em adolescentes nos últimos 15 anos: perspectiva de um Centro de Atendimento a Jovens
DOI:
https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v24.i3.8518Palavras-chave:
adolescência, contracepção, contracepção oral combinada, implante subcutâneo, sexualidadeResumo
Introdução: O aconselhamento contraceptivo é um elemento chave na estratégia da prevenção da gravidez e das infecções sexualmente transmissíveis nos adolescentes.
Objectivo: Avaliar o comportamento das adolescentes que recorreram a um Centro de Atendimento a Jovens (CAJ) nos últimos 15 anos relativamente à sua saúde sexual e reprodutiva e escolha contraceptiva.
Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo de adolescentes do sexo feminino com idade inferior a 18 anos, que recorreram pela primeira vez ao CAJ nos anos de 1997, 2002, 2007 e 2012 (grupos 1,2,3 e 4, respectivamente). Os dados foram analisados utilizando os programas SPSS 21.0 e Microsoft Excel 2007.
Resultados: A maioria das adolescentes era sexualmente activa (61,5% em 1997 vs 76,5% em 2012, p=0,01) e verificou-se um aumento, ao longo dos anos, das adolescentes que realizavam contracepção hormonal regular previamente à consulta (8,4% em 1997 vs 21,4% em 2012, p<0,001). Nas adolescentes que não realizavam Contracepção Hormonal (CH) e recorreram à consulta para a iniciar, verificaram-se os seguintes resultados: 1997 - 98,6% iniciaram Contracepção Oral Combinada (COC); 2002 – 100% iniciaram CH [99,1% - COC; 0,9% implante subcutâneo]; 2007 - 90,9% iniciaram CH [83% - COC; 16,4% - implante subcutâneo; 0,6% - adesivo transdérmico]; 2012 - 97% iniciaram CH [85,9% - COC; 14,1% - implante subcutâneo].
Conclusão: Ao longo dos anos estudados, verificou-se um aumento do número de jovens que já utilizavam um contraceptivo hormonal à data da primeira consulta. A COC continua a ser o método contraceptivo de eleição nas adolescentes, embora se observe uma crescente adesão ao implante subcutâneo.
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Referências
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