Hiperfosfatasemia transitória benigna da infância e infeção a campylobacter jejuni

Autores

  • Cláudia Aguiar Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de São João
  • Juliana Oliveira Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de São João
  • Alexandra Pinto Serviço de Pediatria, Hospital Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte
  • Andreia Eiras Medicina Geral e Familiar da Unidade de Saúde Familiar Rainha D. Amélia
  • Conceição Casanova Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/ Vila do Conde
  • Maria José Dinis Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/ Vila do Conde

DOI:

https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v25.i1.8827

Palavras-chave:

Campylobacter jejuni, fosfatase alcalina, hiperfosfatasemia transitória, infeção

Resumo

Introdução: A Hiperfosfatasemia Transitória Benigna da Infância (HTBI) caracteriza-se pelo aumento transitório da fosfatase alcalina (FA) sérica, na ausência de doença hepática ou óssea. Tem sido associada a várias entidades, nomeadamente, infeções.

Caso clínico: Criança de dois anos, saudável, com episódios intermitentes de febre, dor abdominal, vómitos e dejeções de fezes moles com dois meses de evolução, sem alterações relevantes ao exame físico. Apresentava elevação da FA (2474 U/L), com função hepática, cálcio e fósforo normais. O exame bacteriológico de fezes foi positivo para Campylobacter jejuni. Efetuou tratamento com azitromicina, com resolução dos sintomas. Seis meses depois verificou-se normalização da FA.


Conclusão: A idade de apresentação, a ausência de doença subjacente e a normalização posterior da FA permitem o diagnóstico de HTBI. Fica por esclarecer, de acordo com os conceitos mais recentes, se a infeção pode ser considerada fator causal ou foi apenas o motivo para a realização do estudo analítico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Gualco MD et al. Transient benign hyperphosphatasemia. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition 2013;57:167-71.

Huh SY. et al. Prevalence of transient hyperphosphatasemia among healthy infants and toddlers. Pediatrics 2009;124:703-9.

Kraut J. Isoenzime studies in transient hyperphosphatasemia of infancy. AJDC 1985;139:736-40.

Tolaymat N, Melo MCN. Benign Transient hyperphosphatasemia of infancy and childhood. South Med J 2000;93.

Pace A, Osinde M. Hiperfosfatasemia transitoria benigna de la infancia. Una aproximación racional. Arch. Argent. Pediatr; 1999; 97: 383.

Alves C, Arruti R. “Hiperfosfatasemia Transitória Benigna da Infância”. Acta Ortopédica Brasileira; 2008; 17: 55-7.

Nuñez MA, Menendez A, Diez M.“Hiperfosfatasemia transitoria de la infancia. Nueve casos y revisión de las aportaciones españolas”.Anales Españoles de Pediatria; 1997; 46: 503-7.

Otero JL et al. Elevated alkaline phosphatase in children: an algorithm to determine when a “wait and see” approach is optimal. Clinical Medicine Insights: pediatrics 2011;5:15-8.

Ranchin B, Villard F, André JL, Canterino I, Said MH, Boisson RC, et al. Transient hyperphosphatasemia after organ transplantation in children. Pediatr Transplant. 2002;6:308-12.

Gennery AR, Peaston RT, Hasan A. Benign transient hyperphosphatasemia of infancy and early childhood following cardiac transplantation. Pediatr Transplant. 1998;2:197-9.

Massey GV, Dunn NL, Heckel JL, Chan JC, Russell EC. Benign transient hyperphosphatasemia in children with leukemia and lymphoma. Clin Pediatr (Phila).1996;35: 501-4.

Kutilek S, Cervickova B, Bebova P, Kmonickova M, Nemec V. Normal bone turnover in transient hyperphosphatasemia. J Clin Res Pediatr Endocrinol 2012;4:154-6.

Marcos JMG, Árias MM, Olavarría FE, Sierra AA. Hiperfosfatasemia transitória benigna: aportacion de 20 nuevos casos. An Esp Pediatr 1996;44:112-6.

Downloads

Publicado

2016-03-16

Como Citar

1.
Aguiar C, Oliveira J, Pinto A, Eiras A, Casanova C, Dinis MJ. Hiperfosfatasemia transitória benigna da infância e infeção a campylobacter jejuni. REVNEC [Internet]. 16 de Março de 2016 [citado 20 de Agosto de 2024];25(1):35-7. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/8827

Edição

Secção

Casos Clínicos

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)