Motivação para o trabalho em enfermeiros após transição do modelo de gestão hospitalar

Autores

  • Amélia Rego Investigadora, PHD
  • Mónica Rodrigues Hospital Santa Maria Maior, EPE, Barcelos
  • Beatriz Araújo Universidade Católica Portuguesa, CIIS-Centro de Investigação Interdisciplinar de Ciências da Saúde, Porto, Portugal https://orcid.org/0000-0003-0266-2449

DOI:

https://doi.org/10.48492/servir025-6.23470

Palavras-chave:

Administração hospitalar, Motivação, Enfermagem, Cuidados Intensivos

Resumo

Este estudo enquadra-se em investigações desenvolvidas, a nível nacional e internacional, sobre as repercussões do modelo de gestão hospitalar na motivação dos enfermeiros. Definiu-se como objetivo avaliar o estado motivacional dos enfermeiros após transição do modelo de gestão. Para o efeito tomou-se uma amostra constituída por 18 enfermeiros duma Unidade de Cuidados Intensivos. Na recolha de dados utilizou-se um questionário com questões sociodemográficas e de motivação, que se aplicou por sugestão do Serviço, durante um estágio. Os dados foram analisados através de estatística descritiva. Os resultados sugerem que para 88,9% da amostra a mudança do modelo de gestão interferiu nas condições de trabalho e relações entre a equipa, gerando um clima de competitividade entre a mesma e com poucos benefícios para os doentes. Para a maioria dos enfermeiros constituem factores de desmotivação os de ordem laboral e as orientações do Conselho de Administração. Apenas 11,1% dos inquiridos se sentem motivados com o reconhecimento do contributo da enfermagem por outros grupos profissionais; 33,3% para participar em projetos; e 16,7% para o desenvolvimento/ formação profissional, desconhecendo a  maioria o processo de mudança e os objetivos da mesma. Os resultados parecem refletir receio, falta de conhecimento e envolvimento dos enfermeiros no processo de mudança.

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Publicado

2017-12-31

Como Citar

Rego, A., Rodrigues, M., & Araújo, B. (2017). Motivação para o trabalho em enfermeiros após transição do modelo de gestão hospitalar . Servir, 59(5-6), 76–86. https://doi.org/10.48492/servir025-6.23470

Edição

Secção

Artigos