Impacto da pandemia COVID-19 no dia-a-dia das nossas crianças
DOI:
https://doi.org/10.48492/servir0203.28021Palavras-chave:
COVID-19, Saúde, CriançasResumo
Introdução: As medidas contra a pandemia da COVID-19 são um desafio para crianças e pais e os efeitos prejudiciais para a saúde infantil estão documentados especialmente a partir de medidas de isolamento social e encerramento das escolas.
Objetivo: Estudar o impacto do confinamento no dia-a-dia das nossas crianças e na sua saúde.
Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, com foco transversal. Numa amostra constituída por 280 pais de crianças da região geográfica Alentejo, designadamente dos concelhos de Elvas e Campo Maior, Região de saúde: Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, Administração Regional de Saúde do Alentejo. Aplicado como instrumento de recolha de dados um questionário ad hoc, disponibilizado on-line.
Resultados: Os resultados revelam que, numa amostra de 53,6% das crianças do género masculino e 46,4% do feminino, com uma média de idade de 9,11±2,56 anos, 22 crianças (7,9%) tiveram a necessidade de encaminhamento para a consulta especializada em psicologia/psiquiatria, com 6,1% a ser encaminhada para a consulta especializada em psicologia e, com igual valor percentual (0,7%, respetivamente) para a consulta de psicologia/psiquiatria e consulta de psiquiatria. Desde o início da pandemia, foi diagnosticado algum problema psicológico a 10 crianças (3,6%). Destas crianças, 4 (25,0%) revelaram ansiedade, 4 (25,0%) falta de competência social, 2 (12,0%) ataques de pânico, 2 (12,0%) défice de atenção e 1 (6,0%) sintomas depressivos; 87,5% manifestaram mais apetite, 71,4% agitadas, 17,1% aborrecidas e com dificuldades em concentrar-se. As rotinas que sofreram maior alteração durante o isolamento foram o tempo para a atividade física (97,9%), tempo de brincadeira (91,0%), horário de acordar (42,5%), horário de deitar (37,9%), horário de estudo (37,9%) e horário das refeições (17,1%).
Conclusão: Os resultados sugerem um trabalho de equipa multiprofissional e intersectorial para que estratégias eficazes possam ser concebidas para minimizar os efeitos da pandemia na saúde das nossas crianças.
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