Análise bibliométrica como ferramenta de análise na produção científica

Resumo

O crescimento do Big Data transformou-se num fenómeno disruptivo que tem vindo a revolucionar a forma como as organizações, públicas e privadas, gerem a informação. Este novo paradigma na compreensão e utilização dos dados surgiu em paralelo a uma insaciável procura por espaço para armazenar informação (Rico et al., 2021). Tal necessidade não se limita à capacidade de conservar grandes quantidades de dados, mas também permite a consolidação de diferentes unidades informacionais e agiliza a sua análise em tempo real, contribuindo para processos empresariais mais eficientes com o objetivo de alcançar resultados (Pasipuleti e Purra, 2017).

Com base nesta realidade, as ferramentas e métodos tradicionalmente utilizados no processamento e armazenamento de informação, em especial no âmbito da investigação, relativamente deixaram de ser suficientes para responder às exigências impostas pelo Big Data (Hernández, Duque e Moreno, 2017). O emprego de técnicas convencionais, até então estabelecido, tornou-se obsoleto face à crescente magnitude e complexidade dos dados atuais. De facto, a quantidade de informação gerada a nível global continua a aumentar. O relatório de Reinsel, Gantz e Rydning (2020), prevê que, até 2025, se produzirão 175 zettabytes de dados em todo o mundo, representando um crescimento exponencial em comparação com 2018. Neste contexto, a gestão eficiente e a análise de dados tornaram-se essenciais para o sucesso empresarial.