O paciente emergente no serviço de urgência

estratificação do risco Clínico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48492/servir0201.25679

Palavras-chave:

emergente, risco, serviço de urgência

Resumo

Introdução: O aumento da afluência ao Serviço de Urgência induz a necessidade de implementar um processo eficaz na gestão dos cuidados de saúde aosdoentes emergentes. Como resposta a essa problemática prevalece o sistema de triagem, instrumento que estabelece a prioridade clínica de atendimento para aprimeira observação médica e promove, por essa via, a gestão do risco clínico e a equidade no acesso ao Serviço de Urgência.

Objetivo: Determinar o nível de riscoclínico mais prevalente nos doentes com prioridade emergente.

Métodos: Estudo descritivo, com coorte retrospetivo, realizado em pacientes que foram triados com prioridade clínica emergente na admissão ao serviço deurgência, em que 52.7% da amostra pertence ao género masculino. Os dados foram recolhidos através da consulta do Sistema de Informação Alert® de umcentro hospitalar da região Centro de Portugal.

Resultados: O nível de risco clínico que prevaleceu no género masculino foi de 10 (dez) e no feminino de 7 (sete). Observou-se que 61.9% dos doentes comrisco clínico pertencem à faixa etária maior ou igual a 71 anos. Os fatores: idade inferior ou igual a 70 anos (OR=0.422), o tempo de permanência no serviço de urgência inferior ou igual a 120 minutos e entre 120 e 240 minutos e, ainda, o menor tempo de observação médica (1 a 10 minutos), representaram umadiminiução do risco clínico em 57.8%, 94.7%, 67.7% e 72.9%, respetivamente. Por outro lado, o tempo de permanência superior a 240 minutos representou umaumento do índice de risco em 152.8%. O rácio de chances da ocorrência de manobras de reanimação cardiopulmonar (OR=0.333) faz decrescer para 66.7% onível de risco quando não são executadas.

Conclusão: As variáveis, sexo masculino, idade superior a 70 anos e tempo de permanência mostraram ser determinantes do risco clínico pelo que se impõeconsiderá-las aquando da gestão do tratamento emergente no serviço de urgência.

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Publicado

2021-12-30

Como Citar

Sebastião, S. ., & Cunha, M. (2021). O paciente emergente no serviço de urgência: estratificação do risco Clínico. Servir, 2(01), 65–74. https://doi.org/10.48492/servir0201.25679

Edição

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