Stressores nos Anestesiologistas Portugueses – uma perspectiva pós-COVID-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25751/rspa.29811

Palavras-chave:

Anestesiologistas, Burnout, Stress, Bem-estar, Questionários

Resumo

Introdução: O burnout e stress ocupacional são problemas comuns entre os Anestesiologistas. A pandemia por COVID-19 comportou uma sobrecarga dos serviços de saúde e contribuiu para um agravamento desta problemática. O nosso objetivo era identificar os principais indutores de stress nos Anestesiologistas no período pós-pandémico.

Material e Métodos: Estudo observacional transversal descritivo e analítico dirigido aos membros da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA). Foi aplicado o “Questionário de Stressores nos Anestesiologistas” (QSA), que avalia quantitativamente os principais indutores de stress e estratifica-os em 3 dimensões: stress clínico, de equipa e organizacional. Para comparações entre grupos foram utilizados o teste t para amostras independentes e one-way ANOVA.

Resultados: Cento e vinte e três médicos responderam ao questionário. A maioria dos participantes era do sexo feminino (74%) e trabalhava na região Norte (46%). As mulheres reportaram mais stress clínico e de equipa. O stress organizacional foi superior nos Anestesiologistas com atividade frequente em Emergência e inferior naqueles que exerciam só atividade privada.

Discussão e Conclusões: O maior nível de stress nas mulheres vai de encontro ao reportado em período pré-pandémico. O menor stress organizacional em profissionais que trabalham exclusivamente no setor privado pode traduzir melhores condições de trabalho e/ou uma menor interação com doentes COVID-19. A identificação dos principais fatores indutores de stress nos Anestesiologistas portugueses poderá facilitar a implementação de intervenções dirigidas, com o objetivo de reduzir o stress ocupacional.

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Publicado

2023-07-04

Como Citar

Dias Vaz, M. (2023). Stressores nos Anestesiologistas Portugueses – uma perspectiva pós-COVID-19. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 32(2). https://doi.org/10.25751/rspa.29811