Ineligibility to hold public office following a insolvency declaration – a materially unconstitutional measure?

Authors

DOI:

https://doi.org/10.34625/issn.2183-2705(38)2025.ic-23

Keywords:

Keywords: Ineligibility, Insolvency, Rehabilitation, Political Rights, Discharge, Insolvency Qualification, Local Authorities.

Abstract

This text presents an interpretation of the ineligibility provision outlined in paragraph a) of Article 6, No. 2, of the Electoral Law of Local Authority Bodies LEOAL, related to the insolvency declaration of a debtor who intends to hold a position in a local authority. The hypothesis of a tacit revocation of the provisions of paragraph a) of No. 2 of Article 6 of the LEOAL is considered. In any case, the defended position focuses on the conclusion that, with the closure of the insolvency proceedings, the insolvent debtor – whose insolvency is qualified as fortuitous – sees the effects resulting from the insolvency declaration cease, including the limitation on his political rights imposed by the LEOAL regarding passive electoral capacity. The exception is that, if the debtor requests the benefit of discharge (EPR), a new "semi-judicial" procedural phase begins with the imposition of duties and obligations on the insolvent debtor, and he will be limited until the final decision granting the discharge is admitted. The obligations that accrue to the debtor during the cessation period do not affect his exemption and independence in the exercise of public office.It is concluded, therefore, that the debtor’s insolvency qualification as fortuitous corresponds to the rehabilitation referred to in No. 2 of Article 6 of the LEOAL.

 

References

REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS

ARTEAGA NAVA, Elisur. Manual de Derecho Constitucional. Textos Jurídicos Universitarios – Manuales de Derecho. Cidade do México: Oxford México, 2015.

ASCENSÃO, José de Oliveira. Efeitos da falência sobre a pessoa e negócios do falido. Revista da Ordem dos Advogados, ano 55, vol. III. Lisboa, Dezembro de 1995.

AVRIL, Pierre e GICQUEL, Jean. Lexique de droit constitutionnel. 7.ª ed. Paris: Presses Universitaires de France – PUF, 2024.

CORDEIRO, António Menezes. Perspetivas evolutivas do Direito da Insolvência. Revista de Direito das Sociedades, ano IV, n.º 3. Coimbra: Almedina, 2012.

COSTEIRA, Maria José. A insolvência de pessoas coletivas – efeitos no insolvente e na pessoa dos administradores. Revista Julgar, n.º 18. Coimbra: Coimbra Editora, 2012.

CUNHA, Carolina. Do cumprimento voluntário à insolvência-liquidação. Coimbra: Almedina, 2021.

DÜRIG, Günter. Gesammelte Schriften 1952–1983. 1.ª ed. Berlim: Duncker & Hümblot, 1984.

FERNANDES, Luís Carvalho e LABAREDA, João. Código dos Processos Especiais de Recuperação da Empresa e de Falência Anotado. 3.ª ed. Lisboa: Quid Juris, 1999.

FREITAS DO AMARAL, Diogo. Curso de Direito Administrativo. vol. I. 2.ª ed., reimpressão. Coimbra: Almedina, 1998.

GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 13.ª ed. revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Atlas, 2017.

HENNEBERG, Fabian. Gläubigerrechte in der Unternehmenssanierung. In: BRINKMANN, Moritz et al. (orgs.), Beiträge zum Insolvenzrecht. Köln: RWS Verlag, 2022.

HESSE, Konrad. Die normative Kraft der Verfassung. (Recht und Staat). Tübingen: Mohr Siebeck, 1959.

HOFFMANN, Jan Felix. Zur Konstruktion und Legitimation von Insolvenzprivilegien im nationalen und Europäischen Insolvenzrecht. Zeitschrift für Insolvenzrecht, vol. 78, n.º 1. Hürth: Carl Heymanns Verlag, 2017.

KISKER, Gunter. Zur Bedeutung und zum Geltungsbereich des Grundsatzes der formalen Allgemeinheit und Gleichheit der Wahl. In: Festschrift für Walter Mallmann. Baden-Baden: Nomos Verlagsgesellschaft, 1978.

KLOSTERMANN, Michael. Die absolute und die relative Vorrangregel im Recht der Unternehmensreorganisation. Köln: RWS Verlag Kommunikationsforum GmbH & Co. KG, 2022.

KRÜGER, Herbert. Allgemeine Staatslehre. Stuttgart: W. Kohlhammer Verlag, 1966.

LEAL, M. C. H. e MASS, R. H. As implicações da teoria da dimensão objetiva dos direitos fundamentais e do dever de proteção estatal ao Direito Privado. Revista de Direito Civil Contemporâneo, vol. 26, ano 8. São Paulo: Revista dos Tribunais, jan.-mar. 2021.

MACHADO, João Baptista. Introdução ao Direito e ao discurso legitimador. 13.ª reimpr. Coimbra: Almedina, 2002.

MIRANDA, Jorge e MEDEIROS, Rui (orgs.). Constituição Portuguesa Anotada. vol. I. Lisboa: Universidade Católica Editora, 2017.

MIRANDA, Jorge. A sistematização da Constituição. In: Estudos sobre a Constituição. vol. I. Lisboa: Livraria Petrony, 1977.

MIRANDA, Jorge. O sentido e o âmbito do direito eleitoral. In: I Fórum Eleitoral – Que Reforma Eleitoral: Intervenções e Debates. Lisboa: Comissão Nacional de Eleições (CNE), 1992.

PALHARES, Cinara. A tutela do consumidor excessivamente endividado como forma de preservação dos direitos fundamentais da pessoa humana. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

PEREIRA, Fernando Silva. Recuperação extrajudicial de empresas. In: VASCONCELOS, L. Miguel Pestana de (coord.), Falência, Insolvência e Recuperação de Empresas. Porto: FDUP, 2017.

REHFELD, A. The Concept of Constituency. Cambridge: Cambridge University Press, 2005.

ROMANO, Santi. Frammenti di un dizionario giuridico. Milão: Dott. A. Giuffrè Editore, 1947.

SCHMIDT, Lena-Marie. Der Schutz der Familie bei Insolvenz. In: BRINKMANN, Moritz et al. (orgs.), Beiträge zum Insolvenzrecht. Köln: RWS Verlag, 2022.

SILVA, Maria Manuela Dias Marques de Magalhães e ALVES, Dora Resende. Noções de Direito Constitucional e Ciência Política. Porto: Rei dos Livros, 2016.

TAJADURA TEJADA, Javier. Los derechos fundamentales y sus garantías. 2.ª ed. Valencia: Tirant lo Blanch, 2021.

TRENKER, Martin. Anwendbares Recht bei grenzüberschreitender Insolvenzanfechtung. Deutsche Zeitschrift für Wirtschafts- und Insolvenzrecht – DZWIR, vol. 31, edição 10. Berlim: De Gruyter, 2021.

VEIGA, António Miguel. Direito penal do bem jurídico e direito penal expansionista: “gémeos separados à nascença”? Revista Portuguesa de Direito Constitucional, n.º 1 (2021).

WEIß, André Torsten. Insolvenzspezifische Geschäftsführerhaftung. In: BRINKMANN, Moritz et al. (orgs.), Beiträge zum Insolvenzrecht. Köln: RWS Verlag, 2022.

REFERÊNCIAS JURISPRUDENCIAIS

1. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 533/89, de 17 de Novembro de 1989, relator: Messias Bento.

2. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 364/91, de 31 de Julho de 1991, relator: Tavares da Costa.

3. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 25/92, de 15 de Janeiro de 1992, relator: Messias Bento.

4. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 382/2001, de 26 de Setembro de 2001, relator: Artur Maurício.

5. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 515/2001, de 26 de Novembro de 2001, relator: Guilherme da Fonseca.

6. Acórdão do Tribunal da Relação do Porto, processo n.º 4196/10.5TBSTS.P1, de 22 de Outubro de 2007, relatora: Maria Cecília Agante.

7. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 448/2005, de 16 de Setembro de 2005, relatora: Maria dos Prazeres Pizarro Beleza.

8. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 443/2009, de 14 de Setembro de 2009, relator: Carlos Pamplona de Oliveira.

9. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 304/10, de 14 de Julho de 2010, relatora: Maria Lúcia Amaral.

10. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 480/2013, de 5 de Setembro de 2013, relator: Pedro Machete.

11. Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, processo n.º 01260/13, de 21 de Novembro de 2013, relator: Rui Botelho.

12. Acórdão do Tribunal Central Administrativo Norte, processo n.º 02048/12.3BEPRT, de 19 de Abril de 2013, relatora: Maria Fernanda Antunes Aparício Duarte Brandão.

13. Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, processo n.º 0963/14, de 27 de Novembro de 2014, relator: José Veloso.

14. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 242/18, de 8 de Maio de 2018, relator: Pedro Machete.

15. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 531/2017, de 11 de Setembro de 2017, relatora: Maria de Fátima Mata-Mouros.

16. Acórdão do Tribunal Constitucional, processo n.º 609/16, de 15 de Novembro de 2016, relator: Teles Pereira.

17. Acórdão do Tribunal da Relação de Guimarães, processo n.º 871/24.5T8VNF-D.G1, de 18 de Dezembro de 2024, relatora: Maria João Matos.

Published

2025-10-30

How to Cite

SILVA LOPES, J. (2025). Ineligibility to hold public office following a insolvency declaration – a materially unconstitutional measure?. Revista Jurídica Portucalense , 1(38), 450–470. https://doi.org/10.34625/issn.2183-2705(38)2025.ic-23