A (des)adequação dos mecanismos de regulação das IPSS que atuam na área da saúde em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.34625/issn.2183-2705(34)2023.ic-02Palavras-chave:
Regulação, Regulamentação, Saúde, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Economia Social, GestãoResumo
O direito à saúde é um direito fundamental, para o qual se impõe a existência de um sistema de saúde estruturado e regulado. Em Portugal, o Estado tem aumentado a interação com as entidades da economia social que prestam cuidados sociais de saúde, com destaque para as IPSS. Com este estudo pretende-se compreender a adequação da regulação prevista legalmente para as IPSS que disponibilizam respostas sociais na área da saúde e identificar a influência da regulação sobre os serviços disponibilizados por estas instituições. O estudo empírico foi desenvolvido através da metodologia qualitativa, envolvendo a análise de conteúdo às entrevistas realizadas a sete IPSS que operam na área da saúde em Portugal. A pesquisa realizada permitiu concluir que não existe uma adequação plena da regulação aplicável às IPSS que disponibilizam respostas sociais na área da saúde. A inadequação é especialmente evidenciada ao nível das comparticipações financeiras, que se revelam insuficientes, e que limitam a captação de recursos humanos, capacidade de atualização tecnológica e expansão da atividade.
Referências
ALMEIDA, Vasco, As Instituições Particulares de Solidariedade Social, Coimbra: Almedina/CES, 2011.
BREYER, Stephen , Regulation and Its Reform. Cambridge: Harvard University Press, 1982.
CANOTILHO, Gomes e MOREIRA, Vital , Constituição da República Portuguesa anotada, Volume I, 4.ª edição, Coimbra: Coimbra Editora, 2007.
GONÇALVES, Pedro, Direito dos Contratos Públicos, 5.ª edição, Coimbra: Almedina, 2021.
LOPES, Licínio, As Instituições Particulares de Solidariedade Social, Coimbra: Almedina, 2009.
MARCONI, M. e LAKATOS, E., Metodologia do trabalho científico, 5.º edição, São Paulo: Editora Atlas, 2008.
MEIRA, Deolinda, “A Lei de Bases da Economia Social Portuguesa: do projeto ao texto final”, CIRIEC España, revista jurídica de economía social y cooperativa, N.º 24, 2013, pp. 21-52.
MIRANDA, Jorge, Manual de Direito Constitucional Tomo IV Direitos Fundamentais, Coimbra: Almedina, 2012, p. 102.
MONGE, Cláudia, “O direito fundamental à proteção da saúde”, e-Pública, 2019, Vol. 6, No. 1, pp. 75-100.
MOREIRA, Vital e MAÇÃS, Fernanda, Autoridades Reguladoras Independentes Estudo e Projeto de Lei-Quadro. Coimbra: Coimbra Editora, 2003.
MOREIRA, Vital, A Auto-Regulação Profissional e Administração Pública, Coimbra: Almedina, 1997.
NUNES, Rui, Regulação da Saúde, 4ª Edição, Porto: Vida Económica, 2021, p. 41.
SALTMAN, Richard, “Regulating incentives: the past and present role of the state in health care systems”, Social Science and Medicine, vol. 54, 2002, pp. 1677-1684.
SARAIVA, Rute, “A Regulação Pública das Entidades da Economia Social”, Cooperativismo e Economía Social, n.º 39, 2017.
SARAIVA, Rute, “As instituições particulares de solidariedade social”, In Carla Amado Gomes, Ana Fernanda Neves e Tiago Serrão (coord.), Organização Administrativa: novos actores, novos modelos, Vol. II, Lisboa: AAFDL Editora, 2018, pp 69-97.
SIMÕES, Jorge e CARNEIRO, C., “Os Desafios da Regulação”, Anais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, 2012, n.º 11, pp. 162–171. https://doi.org/10.25761/anaisihmt.231
SIMÕES, Jorge, “A regulação na saúde”, Anais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Vol. 16, Suplemento nº 3, 2017, pp. S7-S9.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2023 Revista Jurídica Portucalense
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
A RJP não aplica taxas de submissão, publicação ou de qualquer outra natureza, sendo os artigos publicados em acesso livre e aberto, com a missão de difusão do conhecimento científico e o debate de temas jurídicos na área das Ciências Jurídicas.