“May your heart be your guiding key”: A Educação Estética de Kingdom Hearts
DOI:
https://doi.org/10.34627/redvol5iss2e202208Palabras clave:
Estética; Videojogos; Educação Estética; Literatura; CânoneResumen
“May your heart be your guiding key” é uma máxima recorrentemente dita na saga de videojogos Kingdom Hearts (2002—). A frase costuma ser dita antes da partida para determinadas jornadas e a sua gramática implica um elemento de incerteza que depende das questões fatalistas levantadas pelo enredo. Esta incerteza gera uma tensão entre o poder individual de escolha que a frase solicita e o grande plano do enredo.
A capacidade de escolher é um dispositivo narrativo para a auto-determinação das personagens no género literário do Bildungsroman, onde a escolha tem implicações morais e psíquicas para a caracterização das personagens; Franco Moretti defende que “o Bildungsroman pretende construir o Ego e fazer dele o centro indisputável da sua estrutura” (1987). Em Kingdom Hearts, os protagonistas têm de deliberar certos cenários que estão condenados a levar à Guerra das Keyblades. O enredo que junta os vários jogos da saga foca-se no romper deste ciclo. Kingdom Hearts serve uma forma imersível do cânone da Disney, da Pixar e da Square-Enix e, como tal, leva o jogador a fazer escolhas baseadas num contacto profundo com os mundos, enredos e personagens destas produtoras, fazendo dos seus corações chaves que os guiam.
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