Mastite neonatal: Casuística numa unidade de cuidados intermédios neonatais
DOI:
https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v32.i2.25507Palavras-chave:
exsudado mamário, flucloxacilina, mastite neonatalResumo
A mastite neonatal é uma infeção pouco comum do tecido mamário no recém-nascido. Na maioria dos casos, ocorre às três semanas de vida, é unilateral e tem bom prognóstico. O tratamento de eleição permanece controverso. O objetivo deste estudo foi caracterizar retrospetivamente os casos de mastite neonatal diagnosticados e tratados numa unidade de cuidados intermédios neonatais entre julho de 2000 e junho de 2020.
Dez casos de mastite neonatal foram incluídos no estudo, todos do sexo feminino. A média de idades ao diagnóstico foi de 22 dias. Todos os casos se apresentaram com mastite unilateral e sem sinais sistémicos. Staphylococcus aureus foi isolado em seis casos, sendo resistente à meticilina em dois. Os recém-nascidos foram maioritariamente tratados com flucloxacilina endovenosa durante uma mediana de 10 dias. Foram identificados quatro casos de abcesso, três dos quais com necessidade de drenagem cirúrgica. Todos os casos apresentaram uma evolução favorável.
Os casos de mastite neonatal apresentados foram concordantes com os descritos na literatura, com maior incidência no sexo feminino, apresentação unilateral e associação a infeção por Staphylococcus aureus. Os autores propõem um algoritmo para o diagnóstico e tratamento atempados desta condição, minimizando a probabilidade de sépsis e sequelas no tecido mamário e assegurando um prognóstico favorável.
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