Perturbação da identidade materna e depressão na primeira infância
DOI:
https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v32.i2.26225Palavras-chave:
disforia de género, negligência infantil, perturbação depressivaResumo
Introdução: A depressão na primeira infância foi descrita pela primeira vez por Spitz em 1940. A literatura relata a associação entre sintomas depressivos na criança e privação afetiva precoce, sendo a depressão materna um fator de risco amplamente reconhecido. No entanto, há pouca evidência sobre o impacto da disforia de género materna no desenvolvimento de depressão na primeira infância.
Caso clínico: Uma criança de 25 meses foi referenciada para a consulta de Psiquiatria da Infância e da Adolescência por irritabilidade persistente e perturbações do sono. A mãe apresentava perturbação depressiva persistente e manifestava grande dificuldade na resposta às necessidades emocionais da criança. Durante o seguimento, foi identificada sintomatologia materna de disforia de género.
Discussão: A qualidade da relação mãe-bebé e dos primeiros cuidados são requisitos fundamentais para o normal desenvolvimento psicoafetivo infantil.
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