Perturbação da identidade materna e depressão na primeira infância

Autores

  • Sara Rodrigues Serviço de Pedopsiquiatria, Centro Hospitalar Universitário de Santo António https://orcid.org/0000-0002-6258-7711
  • Pedro Samuel Pinto Serviço de Pedopsiquiatria, Centro Hospitalar Universitário de Santo António https://orcid.org/0000-0002-7868-0582
  • Vânia Martins Serviço de Pedopsiquiatria, Centro Hospitalar Universitário de Santo António

DOI:

https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v32.i2.26225

Palavras-chave:

disforia de género, negligência infantil, perturbação depressiva

Resumo

Introdução: A depressão na primeira infância foi descrita pela primeira vez por Spitz em 1940. A literatura relata a associação entre sintomas depressivos na criança e privação afetiva precoce, sendo a depressão materna um fator de risco amplamente reconhecido. No entanto, há pouca evidência sobre o impacto da disforia de género materna no desenvolvimento de depressão na primeira infância.
Caso clínico: Uma criança de 25 meses foi referenciada para a consulta de Psiquiatria da Infância e da Adolescência por irritabilidade persistente e perturbações do sono. A mãe apresentava perturbação depressiva persistente e manifestava grande dificuldade na resposta às necessidades emocionais da criança. Durante o seguimento, foi identificada sintomatologia materna de disforia de género.
Discussão: A qualidade da relação mãe-bebé e dos primeiros cuidados são requisitos fundamentais para o normal desenvolvimento psicoafetivo infantil.

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Referências

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Publicado

2023-09-14

Como Citar

1.
Rodrigues S, Pinto PS, Martins V. Perturbação da identidade materna e depressão na primeira infância. REVNEC [Internet]. 14 de Setembro de 2023 [citado 19 de Outubro de 2024];32(2):137-40. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/26225

Edição

Secção

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