Assistência pediátrica de uma viatura médica de emergência e reanimação no interior do país

Autores

  • Ana Lopes Dias Serviço de Pediatria, Unidade de Vila Real, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro; VMER de Vila Real, Instituto Nacional de Emergência Médica
  • Jorge Abreu Ferreira Serviço de Pediatria, Unidade de Vila Real, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro
  • Clara Preto Serviço de Pediatria, Unidade de Vila Real, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro; VMER de Vila Real, Instituto Nacional de Emergência Médica
  • Fernando Próspero Serviço de Pediatria, Unidade de Vila Real, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro; VMER de Vila Real, Instituto Nacional de Emergência Médica
  • Eurico Gaspar Serviço de Pediatria, Unidade de Vila Real, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro
  • Juan Calviño Serviço de Pediatria, Unidade de Vila Real, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro; VMER de Vila Real, Instituto Nacional de Emergência Médica

DOI:

https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v24.i4.8478

Palavras-chave:

VMER, emergência pediátrica pré-hospitalar

Resumo

Introdução: A viatura médica de emergência e reanimação (VMER) destina-se à intervenção pré-hospitalar, sendo 5-15% das ativações relativas à idade pediátrica. O objetivo do estudo foi caracterizar a assistência à população pediátrica da VMER de Vila Real, para melhor identificar lacunas e definir estratégias para as colmatar.

Material e Métodos: Análise retrospetiva dos registos da base de dados referentes aos doentes com idade inferior a 18 anos, assistidos entre Janeiro de 2005 e Dezembro de 2012 (oito anos).

Resultados: No período analisado registaram-se 8131 ativações, 463 (5,7%) para doentes com idade inferior a 18 anos, sendo a idade média de 8,2 anos. O tempo médio de chegada ao local de assistência foi de 18 minutos. Em 22,2% das situações foi efetuado rendez-vous. O principal motivo de ativação foi doença aguda (39,5%), sendo que 43,2% por convulsão. As situações de trauma corresponderam a 36,5%. Abaixo dos dois anos predominou a doença aguda e na adolescência o trauma (p <0,001). As medidas de suporte avançado de vida foram instituídas em 5,2% dos doentes. Foram transportados 398 doentes para unidades hospitalares (86%). Ocorreram 13 óbitos (2,8%).

Discussão: Os principais motivos de ativação foram a doença aguda em idade inferior a dois anos e o trauma na adolescência. O tempo médio de chegada ao local, a elevada percentagem de rendez-vous e de partos, poderão justificar-se pela particularidade da topografia regional. O número total de ativações neste grupo etário, que apresenta particularidades no tratamento, evidencia a necessidade e justifica o investimento em formação dos recursos humanos.

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Referências

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Publicado

2015-12-15

Como Citar

1.
Dias AL, Ferreira JA, Preto C, Próspero F, Gaspar E, Calviño J. Assistência pediátrica de uma viatura médica de emergência e reanimação no interior do país. REVNEC [Internet]. 15 de Dezembro de 2015 [citado 19 de Julho de 2024];24(4):155-9. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/8478

Edição

Secção

Artigos Originais

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