Homens e mulheres de "palavra": diálogo e educação popular

Autores

  • Flávio Henrique Albert Brayner Universidade Federal de Pernambuco, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21814/rpe.13958

Resumo

A idéia — e uma determinada prática — do "diálogo" fazem parte tão consubstanciais da Educação Popular, que essa se define, antes de qualquer coisa, como uma "pedagogia dialogal", quer dizer, o 'meio' define a própria pedagogia! E fazemos isso de forma tão natural que nos esquecemos de inquirir a respeito do estatuto conceitual daquela noção. Tentamos, com esse artigo, mostrar que, se essa noção tem muitas vezes a finalidade de estabelecer ou facilitar consensos intersubjetivos, a própria noção não é consensual. E para mostrar os seus diferentes perfis semânticos, convidamos quatro conhecidos autores — Hannah Arendt, Martin Buber, Jürgen Habermas e, claro, Paulo Freire — para "apresentarem" suas concepções sobre o diálogo, e constatamos não apenas as grandes diferenças entre os autores, mas também o fato de que em todos reside uma declarada ou subterrânea intenção de salvar o homem pela "palavra", seja numa versão mística, seja numa acepção mais secular. O problema, conclui o artigo, é que a relação tão assente entre nós entre diálogo e libertação/emancipação precisa de uma reflexão mais aguda, sobretudo em função da grande variedade semântica que cerca estes conceitos, o que, às vezes, contribui para a confusão ou imprecisão de nossa linguagem pedagógica.

Palavras-chave: Educação Popular; Diálogo (conceito de); Emancipação

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Publicado

2018-02-27

Como Citar

Brayner, F. H. A. (2018). Homens e mulheres de "palavra": diálogo e educação popular. Revista Portuguesa De Educação, 22(1), 207–224. https://doi.org/10.21814/rpe.13958

Edição

Secção

Artigos