Estratégias de comunicação facilitadoras das intervenções de Enfermagem Holística administradas à pessoa submetida a ventilação mecânica
DOI:
https://doi.org/10.48492/servir0202.25880Palavras-chave:
Comunicação, Enfermagem Holística, Ventilação Mecânica InvasivaResumo
Introdução: Em Enfermagem, o relacionamento e cuidado holístico com o doente assentam na comunicação. As pessoas submetidas a Ventilação Mecânica Invasiva em contexto hospitalar encontram-se diminuídas nas suas capacidades comunicacionais, pelo que urge a necessidade de determinar as estratégias comunicacionais que facilitam as intervenções de Enfermagem prestadas à pessoa sob ventilação mecânica.
Objetivo: Identificar e descrever as estratégias de comunicação que facilitam as intervenções de enfermagem holística administradas à pessoa submetida a ventilação mecânica.
Métodos: O presente estudo consiste numa Revisão Sistemática da Literatura (RSL) realizada segundo a metodologia proposta pela Joanna Briggs Institute. A avaliação crítica, extração e síntese dos dados foi realizada por dois revisores independentes.
Resultados: Foram incluídos 3 estudos. As técnicas comummente usadas para comunicar com as pessoas mecanicamente ventilados, como leitura labial, gestos e acenos com a cabeça, são marcadamente demoradas e ineficientes, tendendo a gerar frustração. A heterogeneidade dos estudos revistos aporta um enriquecimento conceptual contudo não permitiu a realização da sua meta-análise.
Conclusão: Identificam-se os quadros de comunicação como instrumentos de elevada utilidade no contexto em análise pela facilidade de implementação, efetividade e baixo custo. Ressalva-se ainda a necessidade de investimento nesta área de investigação, uma vez que as lacunas são evidentes e os prejuízos inestimáveis.
Downloads
Referências
Briga S. A Comunicação Terapêutica Enfermeiro/Doente: Perspectivas de Doentes Oncológicos Entubados
Endotraquealmente [dissertação]. Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto
[Internet]; 2010 [cited 2012 June 24]. Available from: http://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/26914/2/Dissertao%20Mestrado%20Snia%20Briga.pdf
Cavaco, V. S. J., José, H. M. G., & Lourenço, I. M. R. (2013). Comunicar Com a pessoa Submetida a Ventilação Mecânica Invasiva: Que Estratégias? - Revisão Sistemática. Revista de enfermagem UFPE on line., Recife, 7(5), 4535–4543.
Elliot, Z. & Elliot, S. (2018). An overview of mechanical ventilation in the intensive care unit. Nursing Standard, 28(32), 41-49. https://doi.org/10.7748/ns.2018.e10710
Faria, P. (2019). Revisão Sistemática da Literatura: Contributo para um Novo Paradigma Investigativo. Metodologia e Procedimentos na área das Ciências da Educação. Santo Tirso: Whitebooks.
Farias, F. B. B., Vidal, L. L., Farias, R. A. R. & Jesus, A. C. P. de. (2013). Humanized care in the icu: challenges from the viewpoint of health professionals. Journal of Research Fundamental Care On Line. 5 (4), pp. 635-642
Glitus, J. Jeyalakshmi. & Sanap, M.(2018). Use of Communication Board for Mechanically Ventilated Patients. IOSR Journal of Nursing and Health Science, 2(1), 52-55.
Higgins, J., & Green, S. (2011). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions Version 5.1.0. Retrieved from The Cochrane Collaborations: www.handbook.cochrane.org
Holden, K. (2017). No Longer Voiceless in the ICU: Speech-language pathologists and intensive care nurses help intubated patients communicate. The ASHA Leader, 22 (12), 40-41.
Hoorn, S., Elbers, P., Girbes, A. & Tuinman, P. (2016). Communicating with conscious and mechanically ventilated critically ill patients: a systematic review. CriticalCare, 1(20), 33. https://doi.org/10.1186/s13054-016-1483-2
Joanna Briggs Institute. (2014). Joanna Briggs Institute Reviewers’ Manual: 2014 edition. Adelaide, Australia: The Joanna Briggs Institute/ The University of Adelaide.
The Joanna Briggs Institute (2017). Critical Appraisal Tools. Retirado de http://joannabriggs.org/research/criticalappraisal-tools.html
Martinho, C. I. F., & Rodrigues, I. T. R. M. (2016). A comunicação dos doentes mecanicamente ventilados em unidades de cuidados intensivos. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 28, 132-140.
Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., Altman, D. &The PRISMA Group (2005). Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA Statement. PLoSMed., 6(7), e1000097. doi:10.1371/journal.pmed1000097.
Page, M. J., McKenzie, J. E., Bossuyt, P. M., Boutron, I., Hoffmann, T. C., Mulrow, C. D., Shamseer, L., Tetzlaff, J. M., Akl, E. A., Brennan, S. E., Chou, R., Glanville, J., Grimshaw, J. M., Hróbjartsson, A., Lalu, M. M., Li, T., Loder, E. W., Mayo-Wilson, E., McDonald, S., McGuinness, L. A., Stewart, L. A., Thomas, J., Tricco, A. C., Welch, V. A., Whiting, P., & Moher, D. (2021). The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. Bmj, 372, n71. https://doi.org/10.1136/bmj.n71
Sequeira, C. (2016). Comunicação Clínica e Relação de Ajuda. Lisboa: Lidel.
Tufanaru, C., Munn, Z., Aromataris, E., Campbell, J., &Hopp, L. (2017). Chapter 1: JBI Systematic Reviews. In: Aromataris, E & Munn, Z. Joanna Briggs Institute Reviewer’s Manual (pp. -). Londres: The Joanna Briggs Institute.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
No intuito de promover a livre circulação do conhecimento, a Servir funciona em regime de acesso livre (open access). Todo o seu conteúdo está disponível e protegido sob a licença Creative Commons (CC BY 4.0).
A revista permite o auto-arquivo em repositórios institucionais de todas as versões, podendo ficar imediatamente disponíveis.