Qualidade de vida dos ostomizados

perfil psicológico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48492/servir0259.23181

Palavras-chave:

Ostomizados, Qualidade de Vida, Perfil Psicológico

Resumo

Introdução

A ostomia é uma abertura criada cirurgicamente para conectar um órgão interno à superfície do corpo, podendo ser temporária e definitiva. Com a construção do estoma surgem várias mudanças ao nível social, familiar e, principalmente psicológico influenciando a qualidade de vida dos Ostomizados.

Objetivo

Avaliar a QdV das pessoas portadoras de ostomia e averiguar a influência das variáveis psicológicas na QdV

Métodos

Estudo quantitativo, descritivo-analítico, com corte transversal, com recolha de dados realizada numa amostra de 104 pessoas ostomizadas definitivamente, constituída por 58 homens e 46 mulheres, com idades compreendidas entre os 24 e os 91 anos, sendo a média de 64 anos.

Resultados

Verificou-se que 41,35% dos ostomizados têm fraca QdV e apenas 39,42% elevada.

Relativamente   às   variáveis   psicológicas,    constatou- se que quanto melhor o auto-conceito (r=.667; p=.000) e a auto-estima global (r=.656; p=.000) melhor é QdV. Em relação à imagem corporal (r=-.626; p=.000), verificou-se que quanto maior insatisfação, pior QdV. Quanto menos acentuado o neuroticismo (r=-.346; p=.000) e quanto maior a extroversão (r=.506;p=.000) melhor a QdV. Por último, quando o estado de ânimo é negativo, pior QdV (r=-.721; p=.000). Inferimos ainda que as variáveis psicológicas    (auto-conceito (.445), auto estima (.430) e depressão (.519) são preditoras da QdV, explicando respetivamente 44,60%, 43,10% e 51,90% da sua variabilidade.

Conclusões

É necessário estar atento às necessidades da pessoa ostomizada, bem como ao seu perfil psicológico a fim de planear intervenções de saúde que minimizem o efeito da presença da ostomia na QdV do seu portador.

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Publicado

2016-06-30

Como Citar

Ribeiro, O., Cunha, M., Dias, A., Albuquerque, C., & Alunos do 19º CLE da ESSV-IPV. (2016). Qualidade de vida dos ostomizados: perfil psicológico. Servir, (59), 64–65. https://doi.org/10.48492/servir0259.23181