Qualidade de vida dos ostomizados

perfil psicológico

Autores

  • Olivério Ribeiro Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS
  • Madalena Cunha Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS. Universidade do Minho, CIEC, Portugal https://orcid.org/0000-0003-0710-9220
  • António Dias Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS https://orcid.org/0000-0003-3985-2174
  • Carlos Albuquerque Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS. Universidade do Minho, CIEC, Portugal https://orcid.org/0000-0002-2297-0636
  • Estudantes 19º CLE, ESSV, IPV Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu

DOI:

https://doi.org/10.48492/servir023.24010

Palavras-chave:

Ostomizados, Qualidade de Vida, Autoconceito, Autoestima

Resumo

INTRODUÇÃO

A ostomia é uma abertura criada cirurgicamente para conectar um órgão interno à superfície do corpo, podendo ser temporária e definitiva. Com a construção do estoma surgem várias mudanças ao nível social, familiar e, principalmente psicológico influenciando a qualidade de vida dos Ostomizados. Deste modo revelou-se pertinente a realização de um estudo que estudasse esta problemática.

OBJETIVO

Avaliar a Qualidade de Vida (QdV) das pessoas com ostomia;

Averiguar a influência das variáveis psicológicas (autoconceito e autoestima) na QdV.

MÉTODOS

É um estudo quantitativo, descritivo-analítico, com corte transversal. A recolha de dados foi realizada numa amostra constituída por 104 ostomizados, dos quais 55,77% do sexo masculino e 44,23%, do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 24 e os 91 anos, sendo a média de 64 anos.

RESULTADOS

No que respeita às variáveis psicológicas, constatamos que quanto melhor o autoconceito (r=0,667; p=0,000) e a autoestima global (r=0,656; p=0,000) melhor é QdV.

Inferimos ainda que as variáveis psicológicas autoconceito e autoestima são preditoras da QdV, explicando respetivamente 44,60%, 43,10% da sua variabilidade.

CONCLUSÕES

Face aos resultados inferimos ser necessário estar atento às necessidades da pessoa ostomizada, bem como ao seu perfil psicológico afim e planear intervenções de saúde que minimizem o efeito da presença da ostomia na QdV do seu portador.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bróis, P. & Martins A. (2007, Fevereiro). O papel do enfermeiro na promoção da qualidade de vida da pessoa colostomizada. Nursing. 218 (16-20).

Cainé, J. (2008, Janeiro). Viver com uma ostomia: o processo de integração da nova condição de saúde. Enfermagem Oncológica. 41, (8-10).

Cunha-Nunes, M.M.J. (2004). Qualidade de Vida e Diabetes: Variáveis Psicossociais. Tesis Doctoral, apresentada à Universidad de Extremadura em 2004.

Lyon, C. & Smith A. (2001). Abdominal Stomas And Their Skin Disorders. United Kingdom: Martin Dunitz Ltd.

Moser, A., Guerber, C., Faszank, F., Leonardi, A., Cardoso, M. (2002). Desenvolvimento de habilidades sociais em idosos residentes em um asilo na Cidade da Lapa - Pr. In 4º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde. “A saúde numa perspetiva de ciclo de vida”. Lisboa 2-5 Outubro (175-182).

Pais-Ribeiro, J.L. (1994). Psicologia da saúde, saúde e doença. In Psicologia da saúde: áreas de intervenção e perspectivas futuras. Braga: Associação de Psicólogos Portugueses, p. 33-55

Vickery, C., Gontkovsky, S. & Caroselli, J. (2005, Agosto). Self-concept and quality of life following aquired brain injury: A pilot investigation. Brain Injury. 9 (19), 657-665.

WHOQOL Group (1995). The World Health Organization Quality of Life Assessment (WHOQOL): Position paper from the World Health Organization. Social Science e Medicine, 41 (10), 1403- 1409.

Downloads

Publicado

2016-06-30

Como Citar

Ribeiro, O., Cunha, M., Dias, A., Albuquerque, C., & Estudantes 19º CLE, ESSV, IPV. (2016). Qualidade de vida dos ostomizados: perfil psicológico . Servir, 59(3), 40–43. https://doi.org/10.48492/servir023.24010