Comunicação Segura na Implementação de Cuidados em Enfermagem
Nível de Conhecimento dos Enfermeiros sobre a metodologia ISBAR
DOI:
https://doi.org/10.48492/servir0203.27163Palavras-chave:
Comunicação Segura, Conhecimento, Enfermeiros, ISBAR, Segurança nos CuidadosResumo
Introdução: A evidência científica comprova que a utilização de comunicação padronizada e sistematizada minimiza a ocorrência de falhas que podem comprometer a segurança dos cuidados. Em Portugal está normatizado que a transmissão de informação siga a metodologia Identificação, Situação Atual, Background, Avaliação, Recomendação (ISBAR), pelo que é imperativo produzir investigação sobre a sua aplicação e eficiência nas práticas de saúde.
Objetivo/s: Avaliar o nível de conhecimentos dos enfermeiros portugueses sobre a metodologia ISBAR. Avaliar a frequência de formação especifica em Comunicação; Determinar a relação das variáveis sociodemográficas, académicas e profissionais com o nível de conhecimento dos Enfermeiros sobre a metodologia ISBAR.
Métodos: Estudo quantitativo, do tipo observacional com análise descritiva e foco transversal, realizado com enfermeiros portugueses inscritos na Ordem dos Enfermeiros. A colheita de dados foi realizada através de um Questionário de Conhecimentos construído para o efeito de Ramos e Cunha (2021). O estudo obteve parecer favorável da Comissão de Ética do Instituto Politécnico de Viseu e da OE que promoveu a sua divulgação entre o 04/08/2021 e 04/09/2021.
Resultados: Foram incluídos 142 enfermeiros, representando 0.19% do universo de enfermeiros inscritos na OE, maioritariamente do género feminino (78,9%). Nas mulheres é dominante a faixa etária 31-40 anos e no género masculino é predominante a faixa etária 51-60 anos. A maioria dos inquiridos refere não utilizar a metodologia ISBAR (53,5%), sendo os elementos do género masculino que mais a utilizam (60.0%). Apurou-se que 80.3% dos elementos não possui formação especifica em «Comunicação» e daqueles que possuem, a maioria tem menos de 10 horas de formação. Apurou-se que as variáveis académicas e as variáveis profissionais influenciam os conhecimentos sobre a metodologia ISBAR.
Conclusão: A segurança dos cuidados deve ser um imperativo na arte do cuidar. Atendendo a que a evidência demonstra que a frequência de formação especifica em comunicação e particularmente sobre a metodologia ISBAR prediz um maior nível de conhecimentos e que 27,5% dos participantes detém baixo nível de conhecimento sobre a metodologia ISBAR é expectável que a adoção de programas curriculares académicos com inclusão destes conteúdos, e respetivo treino e formação poderão fomentar a melhoria dos cuidados, promover segurança e produzindo ganhos em Saúde.
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