Error and Negligence are Not Two Sides of the Same Coin
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.19027Keywords:
Bioethics; Liability, Legal; Malpractice; Medical ErrorsAbstract
Um pouco por toda a literatura da Medicina e do Direito pode-se constatar que o erro e a negligência médica são tratados muito proximamente e a sua distinção no Direito constitui frequentemente um problema de difícil solução recorrendo-se, as mais das vezes, ao parecer de peritos que referem o evento como tendo ocorrido dentro da leges artis ou, pelo contrário, constitui, à luz dos conhecimentos actuais
e das orientações das respectivas sociedades científicas uma violação das boas práticas médicas. Podem ainda concluir estes peritos ou os especialistas em Direito Médico que, não havendo informação relevante suficiente, se deve concluir pela inocência in dúbio pro reo. Esta expressão traduz o princípio
jurídico da presunção de inocência e aplica-se sempre que uma situação é caracterizada como prova dúbia sendo que a dúvida em relação à existência ou não de determinado facto deve ser resolvida em favor do imputado. Importa dizer que não é a dúvida que constitui causa ou motivo para absolver o acusado mas, pelo contrário, é a falta de elementos de convicção que demonstrem a ligação do acusado com o facto
delituoso, que gera, naquele que julga, a dúvida acerca do nexo entre a materialidade e a autoria. A conclusão é pela dúvida na mente de quem julga. Desta forma, o procedimento torna-se alheio ao campo substantivo, passando para o Direito Processual, que surge numa tentativa de defender o acusado
das injustiças oriundas duma condenação, ainda quando não haja provas cabais de autoria e materialidade do facto.
Downloads
References
2. Kohn L, Corrigan J, Donaldson M. To err is human: building a safer health system. Washington: Committee on Quality of Health Care in America, Institute of Medicine, National Academy Press; 2000.
3. Balogh E, Miller B, Ball J, editores. Improving diagnosis in health care. Washington: Institute of Medicine, National Academy Press; 2015.
4. Sousa P, Sousa Uva A, Serranheira F, Nunes C, Leite E. Estimating the incidence of adverse events in Portuguese hospitals: a contribution to improving quality and patient safety. BMC Health Serv Res. 2014;14:311. doi: 10.1186/1472-6963-14-311.
5. Shojania K. Deaths due to medical error: Jumbo jets or just small propeller planes? BMJ Qual Saf. 2012;21:709-12. doi:10.1136/bmjqs-2012-001368
6. Thomas JW, Hofer TP. Accuracy of risk-adjusted mortality rate as a measure of hospital quality of care. Med Care. 1999;37:83–92.
7. Hayard RA, Hofer TP. Estimating hospital deaths due to medical errors: preventability is in the eye of the reviewer. JAMA. 2001; 286:415-20.
8. Hogan H, Healey F, Neale G, Thomson R, Vincent C, Black N. Preventable deaths due to problems in care in English acute hospitals: a retrospective case record review study. BMJ Qual Saf. ;21:737-45. doi:10.1136/bmjqs-2012001159
9. Leape L. A systems analysis approach to medical error. J Eval Clin Pract. 1997;3:213-22. doi: 10.1046/j.1365-2753.1997.00006.x.
10. Leape L, Brennan T, Laird N, Lawthers AG, Localio AR, Barnes BA, et al. The nature of adverse events in hospitalized patients: results of the Harvard Medical Practice Study II. N Engl J Med. 1991;324:377-84.
11. Marx D. Discipline: the role of rule violations. Ground Effects. 1997;2:1-4.
12. Reason J. Human error: models and management. BMJ. 2000 18;320:768-70.13. Reason J. Human error. New York: Cambridge University Press; 1990.
13. Chakraborti C. Systemic negligence: Why it is morally important for developing world bioethics. Develop World Bioethics. 2015; 15: 208-13. doi:10.1111/dewb.12063.
14. Araújo A. O erro e a negligência numa perspectiva jurídico-penal [Tese de mestrado em Direito Penal, Universidade Católica Portuguesa]. Lisboa: UCP; 2011.
15. Fragata J, Martins L. O erro em Medicina. Perspectiva do indivíduo, da organização e da sociedade. Coimbra: Almedina; 2004.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Articles are freely available to be read, downloaded and shared from the time of publication.
The RSPA reserves the right to commercialize the article as an integral part of the journal (in the preparation of reprints, for example). The author should accompany the submission letter with a declaration of copyright transfer for commercial purposes.
Articles are published under the terms of the Creative Commons Attribution Non-Commercial License (CC BY-NC).
After publication in RSPA, authors are allowed to make their articles available in repositories of their home institutions, as long as they always mention where they were published.