Fratura da Extremidade Proximal do Fémur: Abordagem Peri-Operatória do Doente Medicado com Anticoagulantes e/ou Antiagregantes Plaquetários.” Baseado nas Recomendações da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia de 2014, com o apoio da Associação Portuguesa

Autores

  • Cristiana Fonseca Faculdade de Medicina do Porto
  • Miguel Marta Serviço de Ortopedia, Centro Hospitalar de São João, EPE, Porto, Portugal
  • José Dias Serviço de Anestesiologia, Centro Hospitalar de São João, EPE, Porto, Portugal
  • Rui Pinto Serviço de Ortopedia, Centro Hospitalar de São João EPE, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Paulo Bettencourt Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar de São João EPE, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Júlia Maciel Serviço de Cardiologia, Centro Hospitalar de São João EPE, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Fernando Araújo Serviço de Imuno-Hemoterapia, Centro Hospitalar de São João EPE, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25751/rspa.7153

Palavras-chave:

Antiagregantes Plaquetários, Anestesia, Anticoagulantes, Fraturas do Fémur, Antiagregantes PlaquetáriosAnestesia

Resumo

A fratura do fémur proximal, que habitualmente ocorre na população idosa, é uma causa comum de morbilidade e mortalidade neste grupo etário. Estes doentes apresentam várias co-morbilidades e são, frequentemente, polimedicados, fatores que contribuem para um internamento hospitalar prolongado, aumento de complicações peri-operatórias e mortalidade. A evidência sugere que a intervenção cirúrgica precoce reduz a morbi-mortalidade associada à fratura proximal do fémur e o seu adiamento para além das 48 horas condiciona maior mortalidade pós-operatória e complicações aos 30 dias de internamento.

A abordagem peri-operatória destes doentes é complexa, verificando-se, frequentemente, o adiamento cirúrgico, principalmente na presença de fármacos anticoagulantes e antiagregantes plaquetários. Com o objetivo de normalizar os procedimentos peri-operatórios do doente com diagnóstico de fratura proximal do fémur medicado com anticoagulantes e antiagregantes plaquetários, foi constituído um grupo de trabalho multidisciplinar que teve por principal objetivo a aplicação, nestes doentes, das recomendações da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia sobre o manuseio peri-operatório do doente medicado com anticoagulantes, publicadas em 2014.

Foi realizada uma análise multidisciplinar da evidência na abordagem peri-operatória dos doentes propostos para tratamento cirúrgico da fratura da extremidade proximal do fémur, no que respeita a atuação e reversão dos fármacos anticoagulantes, estratégias poupadoras de sangue e tromboprofilaxia, tendo sido elaborado um protocolo de atuação. A instituição de algoritmos multidisciplinares para a abordagem peri-operatória do doente com fratura proximal do fémur e a sua divulgação é fundamental, de forma a facilitar a prática clínica diária e melhorar a prestação de cuidados de saúde.

 

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Biografia Autor

Cristiana Fonseca, Faculdade de Medicina do Porto

Assistente Hospitalar de Anestesiologia Centro Hospitalar do Alto Ave

Diretora da Unidade de Cirurgia de Ambulatório do CHAA

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Publicado

2015-12-02

Como Citar

Fonseca, C., Marta, M., Dias, J., Pinto, R., Bettencourt, P., Maciel, J., & Araújo, F. (2015). Fratura da Extremidade Proximal do Fémur: Abordagem Peri-Operatória do Doente Medicado com Anticoagulantes e/ou Antiagregantes Plaquetários.” Baseado nas Recomendações da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia de 2014, com o apoio da Associação Portuguesa. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 24(4), 105–114. https://doi.org/10.25751/rspa.7153

Edição

Secção

Artigo de Consenso

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