Fratura da Extremidade Proximal do Fémur: Abordagem Peri-Operatória do Doente Medicado com Anticoagulantes e/ou Antiagregantes Plaquetários.” Baseado nas Recomendações da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia de 2014, com o apoio da Associação Portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.7153Palavras-chave:
Antiagregantes Plaquetários, Anestesia, Anticoagulantes, Fraturas do Fémur, Antiagregantes PlaquetáriosAnestesiaResumo
A fratura do fémur proximal, que habitualmente ocorre na população idosa, é uma causa comum de morbilidade e mortalidade neste grupo etário. Estes doentes apresentam várias co-morbilidades e são, frequentemente, polimedicados, fatores que contribuem para um internamento hospitalar prolongado, aumento de complicações peri-operatórias e mortalidade. A evidência sugere que a intervenção cirúrgica precoce reduz a morbi-mortalidade associada à fratura proximal do fémur e o seu adiamento para além das 48 horas condiciona maior mortalidade pós-operatória e complicações aos 30 dias de internamento.
A abordagem peri-operatória destes doentes é complexa, verificando-se, frequentemente, o adiamento cirúrgico, principalmente na presença de fármacos anticoagulantes e antiagregantes plaquetários. Com o objetivo de normalizar os procedimentos peri-operatórios do doente com diagnóstico de fratura proximal do fémur medicado com anticoagulantes e antiagregantes plaquetários, foi constituído um grupo de trabalho multidisciplinar que teve por principal objetivo a aplicação, nestes doentes, das recomendações da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia sobre o manuseio peri-operatório do doente medicado com anticoagulantes, publicadas em 2014.
Foi realizada uma análise multidisciplinar da evidência na abordagem peri-operatória dos doentes propostos para tratamento cirúrgico da fratura da extremidade proximal do fémur, no que respeita a atuação e reversão dos fármacos anticoagulantes, estratégias poupadoras de sangue e tromboprofilaxia, tendo sido elaborado um protocolo de atuação. A instituição de algoritmos multidisciplinares para a abordagem peri-operatória do doente com fratura proximal do fémur e a sua divulgação é fundamental, de forma a facilitar a prática clínica diária e melhorar a prestação de cuidados de saúde.
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