Incidence of persistent postoperative pain after thoracotomy in a cancer hospital: a prospective, observational study
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.27316Palavras-chave:
Incidência, Dor pós-operatória, ToracotomiaResumo
Introdução
A dor persistente pós-operatória afeta 35-57% dos doentes aos 3 meses após toracotomia e a dor aguda pós-operatória parece ser um dos seus maiores preditores. O objetivo do estudo foi determinar a incidência de dor aos 3 meses pós-toracotomia com um regime analgésico em ambulatório padronizado.
Material e métodos
Este estudo observacional prospetivo incluiu doentes adultos submetidos a toracotomia entre janeiro 2018 e março de 2020. Foi avaliada a dor estática, dinâmica e neuropática no pré-operatório, na alta hospitalar e aos 1, 2 e 3 meses de pós-operatório. Todos os doentes receberam paracetamol 1 g q8h, tramadol 50 mg q8h, ibuprofeno 400 mg q8h, e tramadol orodispersível 50 mg SOS. O ibuprofeno foi mantido entre 7-10 dias e, se contraindicado, era prescrito metamizol magnésico 575 mg q8h. Para dor neuropática, era adicionada pregabalina 50 mg q12h. A medicação foi reajustada aos 1, 2 e 3 meses, de acordo com as necessidades analgésicas.
Resultados
Foram incluídos 69 pacientes e 55 completaram o estudo. Aos 3 meses, 14.5% (95% CI, 6.9%-27.2%) tinham um score de dor dinâmica > 3 e 12.7% (95% CI, 5.7%-25.1%) tinham dor neuropática. 61.8%, 27.3% e 18.2% necessitaram de medicação analgésica aos 1, 2 e 3 meses, respetivamente. Aos 3 meses, apenas 7.2% tinham analgesia com tramadol.
Conclusão
Os nossos resultados sugerem que um follow-up simples com controlo eficaz da dor aguda pode ter um impacto clínico no desenvolvimento de dor persistente pós-toracotomia, encorajando estudos futuros.
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