Avaliação da concentração de gases anestésicos no Hospital de S.João

Autores

  • Maria Norton Interna de Formação Específica de Anestesiologia do Serviço de Anestesiologia do Centro Hospitalar S.João, Porto, Portugal
  • Pedro Norton Diretor do Serviço de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar S. João, Porto, Portugal, EPIUnit - Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Daniela Xará Assistente Hospitalar de Anestesiologia do Serviço de Anestesiologia do Centro Hospitalar S. João, Porto, Portugal
  • Fátima Pina Diretora do Serviço de Anestesiologia do Centro Hospitalar S. João, Porto, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.25751/rspa.6684

Palavras-chave:

Anestésicos Inalatórios, Bloco Operatório, Exposição Ocupacional

Resumo

Introdução: Os efeitos adversos para a saúde pela exposição ocupacional a gases anestésicos permanecem controversos. Recomendam-se valores limite de exposição para minimizar possíveis riscos para a saúde dos profissionais. O nosso objetivo foi avaliar a concentração de gases anestésicos no ar ambiente em diferentes locais no Hospital de S. João durante um período de 7 anos.

Material e Métodos: Efectuou-se monitorização semestral de protóxido de azoto, sevoflurano e desflurano no período compreendido entre 2005 e 2012 nos Blocos Operatórios na dependência do Serviço de Anestesiologia e na Unidade de Queimados, recorrendo a espectroscopia foto-acústica de infra-vermelhos.

Resultados: A proporção de amostras com valores de gás anestésico acima dos valores limite de exposição foi superior na Unidade de Queimados (54,5%), TAC/RMN (38,6%) e no Bloco de Cirurgia Ambulatório (34,5%).O desflurano foi o gás com maior proporção de medições acima dos valores limite de exposição (16,7%).

Discussão: Nos doentes queimados a sedação/anestesia geral é o tipo de anestesia mais utilizada sendo frequente o recurso à via inalatória. No TAC/RMN o baixo número de renovações de ar por hora e a utilização frequente de um sistema de ventilação aberto poderá justificar os resultados. O desflurano poderá estar associado à ocorrência de fugas não detectadas. A ventilação inadequada não parece justificar a maioria das não conformidades.

Conclusão: Os locais com maior risco de exposição foram a Unidade de Queimados, TAC/RMN e Cirurgia de Ambulatório. É necessária manter uma rigorosa monitorização hospitalar dos gases anestésicos.

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Publicado

2015-12-02

Como Citar

Norton, M., Norton, P., Xará, D., & Pina, F. (2015). Avaliação da concentração de gases anestésicos no Hospital de S.João. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 24(4), 94–97. https://doi.org/10.25751/rspa.6684

Edição

Secção

Artigo Original