Uma Nova Revolução Industrial
Graus de Autonomia e Articulações com a Criatividade e a Tecnologia
DOI:
https://doi.org/10.25755/int.14007Resumo
Desde as décadas finais do século XX, tem-se assistido à transição de uma sociedade industrial para uma sociedade de conhecimento e informação articulada com uma economia criativa. Este novo contexto inclui mudanças na tecnologia, na sociedade e nos paradigmas dominantes, e a revolução em curso modifica as referências de atribuição de valor aos produtos, com efeitos no consumo e na produção. Ela envolve o compartilhamento, bem como a interação e conexão, possibilitados por tecnologias inovadoras - CNC, corte a laser, scanners 3D e máquinas de impressão 3D - e softwares de baixa complexidade, como o Arduino. Antes dependente do engajamento dos artesãos ou dos “makers”, a produção está agora aberta a um ambiente alternativo, possibilitando o surgimento de uma situação de autonomia. As empresas estão começando a reconhecer essas transformações e seu impacto no mercado e têm alterado sua maneira de fazer negócios. Novos tipos de interação articulam empresas de diversos portes mas, também, indivíduos, e essas transformações remetem ao que alguns analistas identificam como uma nova revolução industrial. O objetivo deste artigo é discutir as mutações que têm ocorrido devido a esta reconfiguração da relação entre empresas, indivíduos e produção. O conceito de autonomia é adotado como operador da análise, que investiga as relações entre produção e consumo nos séculos XX e XXI e identifica a emergência de um novo Ethos, dentro do qual os indivíduos têm diferentes possibilidades de exercer a sua autonomia.
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