Bullying Escolar
O Uso de Jogos Didáticos como Estratégia Anti-Bullying
DOI:
https://doi.org/10.25755/int.23820Resumo
O objetivo deste estudo é investigar se os professores do 1º Ciclo do Ensino Básico de Portugal consideram pertinente o uso de jogos para a prevenção primária do bullying escolar. Quanto ao método, participaram no estudo 276 professores do 1º Ciclo do Ensino Básico dos dois géneros. O instrumento de recolha de dados utilizado nesta investigação é um inquérito por questionário inspirado no Questionário de Olweus construído em 1989[1], mas adaptado pelos autores à população adulta em estudo. Após análise dos resultados, verificou-se que a maioria dos professores defende que é pertinente que a prevenção do bullying escolar se inicie no Ensino Pré-Escolar, uma parte reconhece existir algum instrumento/protocolo de atuação/sinalização para possíveis ocorrências de bullying entre crianças no estabelecimento de ensino onde exercem funções e a maioria, defende que aliar o lúdico (jogos didáticos) à educação pode funcionar como um instrumento de prevenção primária e sensibilização das crianças no Ensino Pré-Escolar, para a problemática. As informações obtidas neste estudo são encorajadoras para se proporem mudanças que contribuam para uma prevenção primária do bullying através do lúdico/jogo, pois quando bem elaborado e explorado, esta ferramenta pode constituir um recurso importante para desenvolver o conhecimento e habilidades, permitindo ao mesmo tempo às crianças adquirir autonomia e aprender a respeitar as regras, proporcionando momentos de comunicação, encorajamento e atitudes positivas e corretas perante os outros.
[1] Em 1982 os jornais da Noruega noticiaram o suicídio de três adolescentes associados a graves episódios de vitimização na escola, o que impulsionou o Psicólogo Dan Olweus, docente da Universidade de Bergen, a aprofundar as suas investigações acerca do bullying, tendo para tal construído um questionário em 1989, direcionado para crianças e jovens, que ao longo dos tempos veio a ser aplicado e adaptado por diversos investigadores desta temática, uma vez que a mesma continua a ser um fenómeno pejorativo nas relações sociais em meio escolar e por isso intemporal.
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