Desafios à Inclusão da Criança Autista na Educação Infantil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25755/int.24222

Resumo

O estudo se propôs a investigar os desafios enfrentados para a inclusão das crianças com Transtorno do Espectro Autista-TEA na Educação Infantil. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo utilizando como aporte a pesquisa bibliográfica e documental, através de projeto e relatório de estágio, desenvolvidos pelas autoras, a partir de pesquisa e intervenção na Associação de Amigos do Autista-AMA, no componente curricular Pesquisa e estágio em espaços não formais, do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia-UNEB. Observou-se que os principais impasses relacionados ao processo de in/exclusão, na Educação Infantil, pela criança com TEA estão atrelados aos modelos de infância e criança historicamente construídos. Os rígidos padrões de normalidade e os estereótipos criados impedem no espaço escolar, a aceitação das crianças com TEA em toda a sua singularidade. Ao fugirem das regras pré-estabelecidas essas, vivenciam o preconceito praticado como meio de proteção contra os impactos causados pelas diferenças.  Faz-se necessário o rompimento com o referido modelo, o que poderá ser possível a partir da compreensão de que o ser criança é uma construção social, que se vivencia a infância de modo singular, não havendo como universalizá-la. A informação e o diálogo constituem-se como elementos imprescindíveis para a compreensão da instituição escolar enquanto um espaço de in/exclusão. Evidencia-se como um dos maiores desafios à inclusão da criança com TEA na Educação Infantil, a desconstrução do significado de inclusão como está posto, dando-lhe um sentido que favoreça o atendimento das demandas de cada sujeito em seu contexto histórico-social.

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Publicado

2021-12-28

Como Citar

Brasil da Silva Alcântara, A. ., Coutinho Bonfim, E. C. ., Lopes Benevides, S. L. ., & Miguel Macedo, Y. (2021). Desafios à Inclusão da Criança Autista na Educação Infantil . Revista Interacções, 17(57), 38–57. https://doi.org/10.25755/int.24222