Experiências vivenciadas por adolescentes em tribos urbanas: com a palavra os emos

Autores

  • Bianca Orrico Serrão Universidade Federal da Bahia - UFBA
  • Juliana Prates Santana Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.25755/int.3358

Palavras-chave:

Tribos Urbanas, Adolescentes emos, Relações Familiares.

Resumo

Este trabalho tem como objetivo investigar a inserção de adolescentes na tribo urbana emo, assim como as repercussões no seu desenvolvimento e em suas relações familiares. Com este intuito, foi realizada uma pesquisa participativa com adolescentes que se autodenominam como emos e seus familiares. Como estratégias metodológicas, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, observação e análise de fotografias selecionadas pelos participantes. A partir dos dados apresentados, foi possível verificar que o ingresso dos adolescentes é motivado pela identificação com o estilo musical e caracterização visual do grupo, sendo muitas vezes mediada por amigos. Nas relações familiares, cabe destacar que o impacto provocado pelo ingresso no grupo depende de características prévias dessas famílias, sendo que o diálogo e o respeito contribuem como um fator de proteção para esses adolescentes. O ambiente virtual é o principal contexto de interação entre os membros do grupo, já que este propicia uma relação entre iguais, minimizando a estigmatização vivenciada pelos emos em outros espaços. De fato, grande parte dos entrevistados ressalta ter sido alvo de violência e discriminação em função da sua participação no grupo, principalmente no ambiente escolar. Esta violência, agregada a comportamentos de risco como a automutilação e isolamento, fazem com que a participação dos adolescentes nessas tribos se caracterize como uma situação de vulnerabilidade, sendo necessária uma maior atenção para o grupo apresentado.

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Publicado

2014-01-01

Como Citar

Serrão, B. O., & Santana, J. P. (2014). Experiências vivenciadas por adolescentes em tribos urbanas: com a palavra os emos. Revista Interacções, 9(26). https://doi.org/10.25755/int.3358