Territórios digitais: dilemas e reflexões sobre práticas de adolescentes na cibercultura
DOI:
https://doi.org/10.25755/int.3365Palavras-chave:
Adolescência, Cibercultura, Redes sociais on line.Resumo
Neste artigo busca-se discutir os usos e apropriações das redes sociais on line por adolescentes matriculados em uma escola básica brasileira, mais especificamente cursando o ensino médio. Diversos autores, ao se interessarem pela navegação do jovem no ciberespaço, afirmam que a internet permite a este personagem o uso da máscara, favorecendo a construção de outras narrativas de si e a quebra de parâmetros instituídos. A expansão intensiva do uso das tecnologias de interatividade digital amplia os contextos relacionais dos jovens, abrindo possibilidades ilimitadas de experimentações identitárias. Paralelamente, no plano da proteção ao jovem, cresce a literatura que tenta dar conta dos chamados ‘fatores de riscos digitais’ tais como: o tecnoestresse, a tendência ao vício, o cyberbullying, a sexualidade virtual e a pedofilia. O cenário atual, marcado por um clima de insegurança, engendra o que podemos chamar de “sociedade digital de risco”, numa referência à tese da “sociedade de risco” de Ülrich Beck. A narrativa aqui apresentada deriva de pesquisa que busca aproximar‑se do cotidiano do adolescente, ancorada em uma abordagem crítico-qualitativa. Nela foi explorada a etnografia virtual que teve como subsídios de análise os depoimentos, textos e imagens inseridos em redes sociais por adolescentes praticantes da cultura digital. O objetivo mais amplo do texto é favorecer a compreensão do ciberespaço como extensão da própria vida do adolescente, a qual ultrapassa a separação entre virtual e real e, ao mesmo tempo, defender a apropriação crítica e criativa das redes sociais on line. Em síntese, espera-se desvelar, para professores e pais, este universo cultural particular e desafiante.
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