Interacção e conhecimento: A história de um projecto singular

Autores

  • Cláudia Ventura Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Unidade de Investigação Educação e Desenvolvimento
  • Margarida César Universidade de Lisboa, Instituto de Educação
  • José Manuel Matos Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Unidade de Investigação Educação e Desenvolvimento

DOI:

https://doi.org/10.25755/int.3403

Palavras-chave:

Educação matemática, Transições, Trabalho colaborativo, Investigação.

Resumo

O projecto Interacção e Conhecimento estudou e promoveu interacções sociais, nomeadamente entre pares, criando cenários de educação formal mais inclusivos e interculturais, contribuindo para o sucesso escolar, particularmente em matemática (César, 2009, in press a). A aprendizagem é histórica e culturalmente situada (Lave & Wenger, 1991; Vygostsky, 1934/1986) pelo que, em cenários de educação formal, o professor deve promover uma (re)distribuição do poder pelos diversos agentes educativos, incluindo os alunos, permitindo que todos tenham voz(es) que seja(m) ouvida(s), tornando-se participantes legítimos naquela comunidade de aprendizagem (César, 2013a, 2013b). O trabalho colaborativo, associado a um contrato didáctico coerente, torna-se uma forma de trabalho, em aula, que privilegia o desenvolvimento de mecanismos de inter-empowerment que, ao darem origem a mecanismos de intra‑empowerment, contribuem para que os alunos construam trajectórias de participação ao longo da vida pautadas por transições menos conflituosas e associadas a experiências de sucesso escolar (César, 2013a, in press b). Durante os 12 anos de existência formal, o IC recorreu a três designs: estudos quasiexperimentais, projectos de investigação-acção e estudos de caso. O corpus empírico recolhido pela sua equipa permite que, vários anos após o término oficial (2005/06), sejam desenvolvidos vários estudos com base na análise deste material (César, 2013a, 2013b; Machado, 2013; Ventura, 2012) e que possam ser analisadas as transições que ocorreram. A análise de conteúdo sucessiva e aprofundada, de índole narrativa, ilumina três tipos de transições: teóricas, metodológicas e nas práticas, que procuramos desocultar através da discussão de diversos exemplos.

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Publicado

2014-01-12

Como Citar

Ventura, C., César, M., & Matos, J. M. (2014). Interacção e conhecimento: A história de um projecto singular. Revista Interacções, 9(27). https://doi.org/10.25755/int.3403