Comportamentos de bullying no 1º Ciclo: estudo de caso numa escola de Lisboa
DOI:
https://doi.org/10.25755/int.402Palavras-chave:
Bullying, Vitimização, 1º ciclo, Contexto escolar, Diferenças de género.Resumo
O bullying é cada vez mais um fenómeno que preocupa os diversos agentes educativos, devido à sua prevalência nas escolas e às consequências nefastas para a saúde e bem-estar das vítimas e dos agressores. O presente estudo debruça-se sobre a incidência e natureza dos comportamentos de bullying em crianças do 1º Ciclo.
Nesse sentido foi constituída uma amostra de 240 alunos do 2º ao 4º ano de escolaridade, tendo sido aplicado o questionário de auto-relato de Olweus (adaptado por Oliveira & Tomás, 1994, cit. por Pereira, 2002).
Os resultados evidenciaram uma prevalência preocupante de 30,42% de vítimas, 18,75% de agressores e 9,58% de vítimas-agressivas. As agressões mais frequentes remetem para o bullying verbal e tendem a ocorrer maioritariamente no recreio. Os agressores são, principalmente, colegas da mesma sala ou mais velhos. Na sua maioria, as vítimas sentem-se apoiadas pelos pares, especialmente os rapazes, embora menos de metade das mesmas conte a adultos (professores e pais). Os rapazes referiram ser significativamente mais agressores e mais vítimas de comportamentos directos de bullying, enquanto que as raparigas referiram ser mais vítimas de bullying relacional. Os rapazes tendem a agredir sobretudo rapazes e as raparigas sobretudo raparigas.
Dada a elevada prevalência dos comportamentos de bullying observada no presente estudo, salienta-se a necessidade de se implementarem programas de intervenção desde os primeiros anos de escolaridade.
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