A formação intercultural para os povos indígenas na universidade federal de minas gerais (UFMG): desafios e possibilidades
DOI:
https://doi.org/10.25755/int.6370Palavras-chave:
Pedagogia intercultural, Ensino de ciências, Estruturação do Currículo, Formação docente.Resumo
Nesse trabalho refletimos sobre o currículo do Curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas (FIEI), da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (FaE/UFMG), área de Ciências da Vida e da Natureza (CVN). Por um lado, os conteúdos de Física, Química e Biologia são integrados por temas unificadores; por outro, os professores indígenas adotam uma organização do trabalho ancorada no que denominam Calendário Socionatural, que tem como fundamentação tanto as novas metodologias quanto as atividades sociais desenvolvidas em seus territórios. Compreendemos a pedagogia intercultural como a integração de grupos culturais distintos – e suas concepções de mundo –, em espaço de reconhecimento e intercâmbio recíproco. Indagamos: Como vivemos essas mudanças? Quais situações as promoveram? Trazemos algumas contribuições: em primeiro, integrar as disciplinas CVN por meio de eixos temáticos aproxima a educação científica da realidade dos povos indígenas. Em segundo, adotar uma perspectiva de uma escuta atenta dos alunos/as, acarreta numa demanda por maior flexibilidade curricular. O último aspecto relaciona-se às concepções e vivências culturais diversas que surgem sobre os temas e conceitos desenvolvidos, geradoras de debates e conflitos em sala. Essas constatações trazem indícios de uma pedagogia diferenciada subsidiando a construção de currículos nas escolas indígenas e nos cursos de licenciatura voltados para esse segmento educacional.
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