Representações, estímulos e constrangimentos do árbitro de futebol de 11

Authors

  • Hugo Miguel Sarmento Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Viseu, Viseu Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde, Viseu Instituto Superior da Maia ARDH – GI (Adaptação Rendimento e Desenvolvimento Humano – Grupo de Investigação)
  • Adilson Marques Centro Interdisciplinar de Estudo da Performance Humana, Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa, Lisboa
  • Antonino Pereira Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Viseu, Viseu Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde

DOI:

https://doi.org/10.6063/motricidade.3496

Abstract

O objetivo do estudo foi conhecer as representações, estímulos e constrangimentos de árbitros portugueses de futebol de 11. Através da realização de entrevistas semiestruturadas foram inquiridos 19 árbitros. Os dados foram analisados através da técnica de análise de conteúdo com o software Nvivo 10. A análise dos resultados permitiu concluir que a representação do que é ser árbitro se consubstancia, sobretudo, pelo paixão e prazer pela atividade, sendo também atribuída significativa importância aos valores como a idoneidade, a isenção, responsabilidade, respeito e dignidade. Referiram que um bom árbitro apresenta não só uma boa condição física, mas também uma estrutura psicológica e um “saber estar” que potenciam o seu desempenho. A generalidade dos entrevistados sentia-se estimulada para o exercício desta atividade, referindo o prazer e a possibilidade de progressão na carreira como os principais estímulos. Aqueles que não se sentiam estimulados consideraram que eram mal remunerados e pouco acompanhados e acarinhados pelos responsáveis da arbitragem. Os principais constrangimentos apontados foram os comportamentos agressivos de adeptos, dirigentes e público, as dificuldades de conciliação com a vida familiar e profissional, as dificuldades de progressão na carreira e a injustiça na avaliação do desempenho.

Published

2016-03-10

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