Flexão do antebraço alternada ou simultânea? Qual a melhor estratégia para as sessões de hidroginástica?
DOI:
https://doi.org/10.6063/motricidade.23677Resumo
A literatura existente sobre o estudo das forças propulsivas em exercícios base de hidroginástica é bastante reduzida. Dos escassos estudos realça-se a comparação das forças aplicadas em diferentes exercícios a diferentes cadências musicais (Santos et al., 2019). Contudo, permanece por esclarecer o comportamento cinético no mesmo exercício básico de hidroginástica, mas usando diferentes estratégias de execução. Foi objetivo deste estudo comparar a força propulsiva durante a flexão do antebraço entre a condição de execução alternada e simultânea. Vinte e três idosas (64,19±7,23 anos de idade; 68,15±9,29 kg de massa corporal; 158±0,07 cm de estatura) cumpriram um protocolo incremental com candências de 105, 120, 135 e 150 batimentos por minuto (bmp), ao ritmo de execução “tempo de água” e com a água ao nível do apêndice xifoide, através da realização da flexão dos antebraços em duas condições de execução: (i) alternada; e (ii) simultânea. Para análise das forças propulsivas recorreu-se a um sistema diferencial de sensores de pressão (Aquanex 4.1, Swimming Technology Research, USA), possibilitando a aquisição de valores de força máxima do membro dominante (FmáxD, N) e não dominante (FmáxND, N). Recorreu-se ao Teste-T para a análise comparativa com uma significância assumida de p≤0,05.
Os resultados demostram diferenças na produção de força entre o membro dominante e o membro não dominante maioritariamente na condição de execução simultânea. Na condição alternada este facto não se verifica. Quando comparadas as duas condições de execução nos membros em ação não se detetam quaisquer diferenças em todas as cadências musicais. Quer isto dizer que os instrutores de hidroginástica deverão optar preferencialmente por uma modalidade de execução alternada quando quiserem trabalhar a flexão do antebraço nas suas sessões, de modo a manter a integridade do movimento entre o membro dominante e não dominante.
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