Análise cinética e cinemática do chuto frontal a diferentes cadências musicais: um estudo piloto
DOI:
https://doi.org/10.6063/motricidade.24960Resumo
Estudos prévios na hidroginástica objetivaram, de uma forma dissociada, analisar variáveis cinéticas e cinemáticas em diferentes exercícios base (p.e., Costa, 2011; Santos, Rama, Marinho, Barbosa, & Costa, 2019). Contudo, o comportamento cinemático associado à força aplicada permanece inexplorado. O objetivo deste estudo foi analisar e associar as variáveis cinéticas e cinemáticas no chuto frontal realizado a diferentes cadências musicais. Quatro adultos jovens do género feminino (24,25± 0,74 anos de idade, 67,75± 8,99 kg de massa corporal e 165,50± 6,40 cm de estatura) foram sujeitos a um protocolo incremental de candências musicais (120, 135 e 150 batimentos por minuto) durante a execução do chuto frontal unilateral. O nível da água foi definido junto ao apêndice xifoide e o ritmo de execução foi controlado por um metrónomo digital (Korg, MA-30, Tokyo, Japan). Os participantes permaneceram numa plataforma a 25 cm do solo (Step Reebok, USA) e apoiados numa estrutura fixa. A avaliação das forças propulsivas (variável cinética) do membro inferior dominante foi realizada por meio de um sistema diferencial de pressões (Aquanex 4.1, Swimming Technology Research, USA). Uma câmara do mesmo sistema foi posicionada no plano sagital para avaliar as seguintes variáveis cinemáticas: período de ciclo, ângulo mínimo e ângulo máximo. Posteriormente, foi considerada a análise da amplitude do movimento para a articulação do joelho. Modelos de regressão linear foram calculados para descrever a relação entre as variáveis. O coeficiente de determinação (R²), o coeficiente de determinação ajustado (R²a) e o erro padrão da estimativa (SEE) foram considerados para a análise. Os modelos de regressão linear entre o Pe e a cadência (R2= 0,77; R2a= 0,75; SEE= 0,107; p< 0,001), e entre a FPmáx e o Pe (R2= 0,35; R2a= 0,28; SEE= 9,409; p= 0,04) mostraram a existência de uma relação inversa alta e moderada, respetivamente. Uma relação direta alta e significativa foi encontrada entre a FPmáx e a cadência (R2= 0,49; R2a= 0,44; SEE= 8,337; p= 0,01), sendo que o ADM (R2= 0,38; R2a= 0,32; SEE= 9,159; p= 0,03) demostrou uma relação direta moderada e significativa com a FPmáx. A diminuição do período de ciclo está associada ao aumento da cadência musical, verificando-se uma tendência para a força propulsiva aumentar à medida que a duração do período de ciclo diminui. Verificou-se ainda um aumento da amplitude de movimento da articulação do joelho. Parece que valores de força propulsiva mais elevados acontecem em cadências mais altas e estão associados a períodos de ciclo menores com alterações angulares mais proeminentes.
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