A síndrome metabólica e as características da menopausa modelam a velocidade da onda de pulso em mulheres na pós-menopausa
DOI:
https://doi.org/10.6063/motricidade.32374Palavras-chave:
Rigidez Arterial, Velocidade de Onda de Pulso, Menopausa, Sistema CardiovascularResumo
Contexto - A rigidez arterial (RA) tem sido demonstrada, na população em geral, como um fator de risco independente para eventos cardiovasculares e mortalidade. Em mulheres na pós-menopausa, a associação da RA com a idade, doença cardiovascular e síndrome metabólica (SM) ainda não está bem estabelecida. Objetivo - Analisar a influência da SM, idade, índice de massa corporal (IMC) e características da menopausa na variação da RA na pós-menopausa precoce (PP) e tardia (PT) Métodos - A amostra foi constituída por 121 mulheres (58,10±6,46 anos), 57% com PT. O perímetro da cintura (PC) foi medido a um nível intermédio entre a base da caixa torácica e a margem superior da crista ilíaca e o IMC (obesidade: IMC≥25,5 kg/m2) foi calculado utilizando a equação padrão. A SM foi definida como a coexistência de pelo menos 3 dos seguintes 5 factores de risco: PC ≥80 cm, triglicerídeos ≥150 mg/dL ou tratamento para dislipidemia, lipoproteína de alta densidade <50 mg/dL ou tratamento para dislipidemia; pressão arterial sistólica ≥130 mm Hg e/ou pressão arterial diastólica ≥85 mm Hg ou terapia anti-hipertensiva; glicemia em jejum ≥100 mg/dL ou tratamento hipoglicemiante. A RA foi medida através da velocidade da onda de pulso carótida-femoral (VOPcf) utilizando o dispositivo SphygmoCor® Atcor. Foram aplicados testes t de Student e conduzidas regressões múltiplas stepwise, para avaliar os factores explicativos associados à RA em PP e PT, utilizando variáveis contínuas (idade e IMC) e variáveis dummy (SM, natureza da menopausa e terapia hormonal). O nível de significância estatística foi de p<0,05. Resultados - A maioria das mulheres referiu menopausa natural (92,3%) e ausência de terapêutica hormonal (84,6%). O valor médio da VOPcf foi de 7,42 (±1,11) m/s e a SM foi diagnosticada em 31,4% das mulheres. Cinquenta e nove participantes tinham um IMC≥35 kg/m2. As mulheres com PT eram mais velhas e apresentaram valores mais elevados (p< 0,02) de RA e pressão arterial sistólica. Os grupos não diferiam entre si no que respeita ao IMC e ao PC. A idade foi o único fator preditor significativo da RA na PP e PT (p<0,01) explicando 17% (b=0,435) e 16% (b=0,412) da sua variância, respetivamente. Conclusões - Este estudo encontrou um aumento da RA relacionado com a idade, em mulheres na pós-menopausa, independente do IMC, das características da menopausa e da presença de SM.
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