Fenitoína – fronteiras do tratamento

Autores

  • Joaquina Antunes Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Maternidade Júlio Dinis, Centro Hospitalar do Porto
  • Luísa Neiva Araújo Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Maternidade Júlio Dinis, Centro Hospitalar do Porto
  • Inês Carrilho Serviço de Neuropediatria, Departamento de Infância e Adolescência, Centro Hospitalar do Porto
  • Paula Soares Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Maternidade Júlio Dinis, Centro Hospitalar do Porto
  • Elisa Proença Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Maternidade Júlio Dinis, Centro Hospitalar do Porto

DOI:

https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v23.i2.8607

Palavras-chave:

Convulsões neonatais, fenitoína, intoxicação medicamentosa

Resumo

Introdução: As crises convulsivas são manifestações clínicas frequentes no período neonatal. Continua pouco claro qual a melhor abordagem terapêutica, não existindo ainda consenso entre os diversos protocolos. A terapêutica antiepilética usada tradicionalmente é, muitas vezes, pouco eficaz e pode originar efeitos secundários importantes.

Caso Clínico: Apresenta-se o caso clínico de um recém-nascido que iniciou convulsões no primeiro dia de vida. Por persistência das crises após terapêutica com fenobarbital, foi iniciada fenitoína, tendo desenvolvido um quadro de encefalopatia devida a intoxicação por este fármaco, apesar do seu uso em doses habituais. Dado que a investigação complementar foi normal, concluiu-se que esta se deveu provavelmente a susceptibilidade individual.

Conclusão: Atendendo aos potenciais efeitos secundários da fenitoína, mais frequentes e graves em recém-nacidos, este fármaco tende a ser menos usado como segunda linha no tratamento das convulsões neste grupo etário, considerando-se atualmente as benzodiazepinas e a lidocaína alternativas mais eficazes e seguras.

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Referências

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Publicado

2016-02-24

Como Citar

1.
Antunes J, Araújo LN, Carrilho I, Soares P, Proença E. Fenitoína – fronteiras do tratamento. REVNEC [Internet]. 24 de Fevereiro de 2016 [citado 17 de Julho de 2024];23(2):95-9. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/8607

Edição

Secção

Ciclo de Pediatria Inter-Hospitalar do Norte

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