O processamento sensorial e a sua relação com o desempenho escolar
DOI:
https://doi.org/10.21814/rpe.20764Palavras-chave:
Processamento Sensorial, Desempenho Escolar, CriançasResumo
O estudo pretende verificar se existe relação entre o processamento sensorial e o desempenho escolar. Constituiu-se uma amostra de 47 sujeitos que frequentavam o 2.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Aplicou-se a Sensory Processing Measure (SPM) - Forma Casa e Forma Sala de Aula e a Bateria de Aptidões para a Aprendizagem Escolar (BAPAE), relacionando-as com as avaliações escolares. Observaram-se mais problemas no “Planeamento e Ideias” no contexto sala de aula do que em casa. Os resultados nas dimensões da BAPAE foram superiores, comparativamente com os valores de referência. Verifica-se uma correlação significativa, para p < 0,05, negativa entre a “Visão” da SPM - Forma Sala de Aula e os “Conceitos Quantitativos” da BAPAE (RPearson = 0,301, p = 0,039), o que significa que quanto maiores os resultados no item “Visão”, o que corresponde a um pior resultado, menores são os desempenhos na BAPAE. Confirma-se que existe relação entre o processamento sensorial e o desempenho escolar, verificando-se que quanto maior é o score nas dimensões da SPM descritas, mais baixas são as notas nas disciplinas.
Downloads
Referências
Aguilar, D., & Esposito, P. (2019). Sensory processing disorder and praxis skills in children with learning disabilities. American Journal of Occupational Therapy, 73(4), 7311505145p1. https://doi.org/10.5014/ajot.2019.73S1-PO5008
Ayres, A. J. (1979). Sensory integration and the child. Western Psychological Services.
Ayres, A. J. (2005). Sensory integration and the child (25th anniversary edition). Western Psychological Services.
Chien, C., Rodger, S., Copley, J., Branjerdporn, G., & Taggart, C. (2016). Sensory processing and its relationship with children´s daily life participation. Physical & Occupational Therapy in Pediatrics, 36(1), 73-87. https://doi.org/10.3109/01942638.2015.1040573
Clark, G. F., Watling, L., Parham, L. D., & Schaaf, R. (2019). Occupational therapy interventions for children and youth with challenges in sensory integration and sensory processing: A school-based practice case example. American Journal of Occupational Therapy, 73(3), 1-8. https://doi.org/10.5014/ajot.2019.733001
Cruz, V. (2008). Bateria de aptidões para a aprendizagem escolar - BAPAE (3.ª ed.). Cegoc-Tea.
Dunn, W. (1999). Caregiver questionnaire – Sensory profile. Pearson.
Fortin, M. (2009). Fundamentos e etapas do processo de investigação. Lusodidacta.
Gourley, L., Wind, C., Henninger, E., & Chinitz, S. (2013). Sensory processing difficulties, behavioral problems, and parental stress in a clinical population of young children. Journal of Child and Family Studies, 22(7), 912-921.
Henderson, A., Pehoski, C., & Murray, E. (2002). Visual-spatial abilities. In A. Bundy, S. Lane, & E. Murray (Eds.), Sensory integration: Theory and practice (2nd ed., pp. 124-137). F. A. Davis Company.
Katz, I. (2007). Students with sensory integration dysfunctions: Issues for school counselors. Journal of School Counseling, 4, 1-22.
Kranowitz, C. (2005). The out-of-sync child: Recognizing and coping with sensory processing disorder. Skylight Press Book.
Leong, H. M., Carter, M., & Stephenson, J. R. (2015). Meta-analysis of research on sensory integration therapy for individuals with developmental and learning disabilities. Journal of Development and Physical Disabilities, 27, 183-206. https://doi.org/10.1007/s10882-014-9408-y
Mártin, M., & Sierra, M. (2002). Habilidades e procesos cognitivos básicos. In J. A. González Pienda & J. C. Núñez-Pérez (Coords.), Dificultades del aprendizage escolar (pp. 91125). Ediciones Pirámide.
Miller-Kuhaneck, H., Henry, D. A., Glennon, T. J., & Mu, K. (2007). Development of the sensory processing measure-school: Initial studies of reliability and validity. American Journal of Occupational Therapy, 61, 170-175.
Ministério da Educação. (2004). Organização curricular e programas: Ensino básico– 1.º ciclo (4.ª ed.). Departamento da Educação Básica.
Monteiro, O. M. B. (2011). Promoção da competência em leitura num aluno com dislexia: A importância da perceção visual [Dissertação de mestrado]. Escola Superior de Saúde de Coimbra.
Oliveira, M. M. G. (2010). Processos cognitivos básicos implicados nas dificuldades de aprendizagem específicas [Dissertação de mestrado]. Universidade Fernando Pessoa.
Pacheco, A. R. (2010). Pensando as dificuldades de aprendizagem a partir de um estudo de caso [Dissertação de mestrado]. Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
Parham, D. (2002). Sensory integration and occupation. In A. Bundy, S. Lane, & E. Murray (Eds.), Sensory integration: Theory and practice (2nd ed., pp. 413-432). F. A. Davis Company.
Parham, L. D. (1998). The relationship of sensory integrative development to achievement in elementary students: Four-year longitudinal patterns. The Occupational Therapy Journal of Research, 18(3), 105-127. https://doi.org/10.1177/153944929801800304
Parham, L. D., Clark, G. F., Watling, R., & Schaaf, R. (2019). Occupational therapy interventions for children and youth with challenges in sensory integration and sensory processing: A clinic-based practice case example. American Journal of Occupational Therapy, 73(1), 7301395010. https://doi.org/10.5014/ajot.2019.731002
Parham, L. D., Ecker, C., Miller-Kuhaneck, H., Henry, D., & Glennon, T. (2007). Sensory processing measure (SPM): Manual. Western Psychological Services.
Pfeiffer, B., Clark, G. F., & Arbesman, M. (2018). Effectiveness of cognitive and occupation-based interventions for children with challenges in sensory processing and integration: A systematic review. American Journal of Occupational Therapy, 72(1), 1-9. https://doi.org/10.5014/ajot.2018.028233
Reeves, G., & Cermak, S. (2002). Disorders of praxis. In A. Bundy, S. Lane, & E. Murray (Eds.), Sensory integration: Theory and practice (2nd ed., pp. 71-95). F. A. Davis Company.
Rocha, F. B., & Dounis, A. B. (2013). Perfil sensorial de estudantes da primeira série do ensino fundamental: Análise e comparação com o desempenho escolar. Cadernos de Terapia Ocupacional, 21(2), 373-382. http://dx.doi.org/10.4322/cto.2013.038
Roley, S. S., & Schaaf, R. C. (2006). SI: Appllying clinical reasoning to practice with diverse populations. PsychCorp.
Rosário, A. (2013). Adaptação cultural da Sensory Processing Measures (SPM) – Forma Casa [Projeto elaborado com vista à obtenção do grau de Mestre]. Escola Superior de Saúde do Alcoitão.
Schaaf, R. C., Dumont, R. L., Arbesman, M., & May-Benson, T. A. (2018). Efficacy of occupational therapy using Ayres Sensory Integration®: A systematic review. American Journal of Occupational Therapy, 72(1), 7201190010. https://doi.org/10.5014/ajot.2018.028431
Schaaf, R. C., & Mailloux, Z. (2015). Clinician’s guide for implementing Ayres sensory integration®: Promoting participation for children with autism. American Occupational Therapy Association Press.
Schneck, C. (2010). Visual perception. In J. Case-Smith & J. O’Brien (Eds), Occupational therapy for children (6th ed., pp. 373-403). Mosby Elvesier.
Simões, D. (2013). Contributo para a adaptação cultural e linguística da Sensory Processing Measures (SPM), forma sala de aula [Projeto elaborado com vista à obtenção do grau de Mestre]. Escola Superior de Saúde do Alcoitão.
Tanner, K., Hand, B. N., O’Toole, G., & Lane, A. E. (2015). Effectiveness of interventions to improve social participation, play, leisure, and restricted and repetitive behaviors in people with autism spectrum disorder: A systematic review. American Journal of Occupational Therapy, 69(5), 1-12. https://doi.org/10.5014/ajot.2015.017806
Watling, R., Miller Kuhaneck, H., Parham, L. D., & Schaaf, R. (2018). Occupational therapy practice guidelines for children and youth with challenges in sensory integration and sensory processing. AOTA Press
Young, S., & Furgal, K. (2016). Effectiveness and implication of sensory integration therapy on school performance of children with learning disabilities. International Journal of Neurorehabilitation, 3(1), 1-2.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 Revista Portuguesa de Educação

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual 4.0.
1. Autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 CC-BY-SA que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
2. Autores e autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: depositar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
3. Autores e autoras têm permissão e são estimulado/as a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição Compartilhamento pela mesma Licença Internacional 4.0