Hermenêutica e processos formativos: Elementos para uma pedagogia da escolha
DOI:
https://doi.org/10.21814/rpe.28060Palavras-chave:
Hermenêutica, Processos Formativos, Filosofia da Educação, Experiência Estética, Pedagogia da EscolhaResumo
Este artigo trata, no âmbito da filosofia da educação, da relação entre hermenêutica e processos formativos, tendo como princípio que esses processos envolvem tanto o conhecimento lógico-racional-objetivo quanto o saber da experiência, compreendidos pelos gregos antigos, respectivamente, como máthema e páthei máthos. A hermenêutica define-se como uma filosofia da interpretação que se concentra na condição histórica e linguística da experiência humana de mundo, portanto, além de textos propriamente ditos, ocupa-se também das manifestações artísticas e dos fenômenos da realidade, em busca da compreensão de seus sentidos. Essa compreensão opera como uma tradução no interior da língua, de modo que interpretar é o mesmo que conhecer, compreender um sentido é o mesmo que traduzi-lo. O referencial teórico-metodológico conta com as contribuições de Nietzsche, Gadamer, Ricoeur, Rorty e Vattimo, numa abordagem bibliográfica e exploratória que parte da evolução do conceito de hermenêutica para discutir suas implicações nos processos formativos contemporâneos na dimensão da experiência estética e da pedagogia da escolha. Os resultados apontam que a experiência estética, alcançada por meio das obras de arte, contribui não somente para o entendimento destas, mas também para a compreensão dos sentidos da realidade e para a formação de longa duração, pela qual se aprende a ser o que se é.
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