Repensando a oralidade em ELI: Qual o lugar da inteligibilidade na sala de aula de ILE?
DOI:
https://doi.org/10.21814/rpe.32003Palavras-chave:
Inglês como Língua Estrangeira, Oralidade, Inteligibilidade, Sala de aula, Práticas de ensinoResumo
A aprendizagem de uma Língua Estrangeira (LE) é, em regra, vista pelos especialistas como um ativo importante para a compreensão global e a mobilidade das pessoas. O inglês encontra-se no topo da pirâmide como o idioma número um para atingir esses objetivos. Atualmente, ser capaz de se expressar de forma inteligível em inglês é decisivo para os estudantes que desejam prosperar tanto académica quanto profissionalmente. De facto, o conceito de inteligibilidade está agora firmemente estabelecido no campo da linguística aplicada como um dos fatores-chave para explicar o sucesso ou não na comunicação entre interlocutores de origens culturais e linguísticas diversas. Assim, a essência deste artigo reside na análise das práticas de ensino comunicativas de professores de inglês como língua estrangeira e como elas se refletem na proficiência e inteligibilidade da oralidade dos alunos. Os resultados mostram que o inglês continua a ser ensinado com pouca atenção ao seu uso no mundo real, criando uma lacuna entre as necessidades/expectativas dos alunos e a sua verdadeira aprendizagem. No geral, o artigo foca a necessidade de uma reconceptualização da oralidade, tendo por base o papel da inteligibilidade no mundo coevo em que vivemos. O artigo funciona como um desafio às visões tradicionais sobre práticas de ensino/aprendizagem ao reivindicar a necessidade de repensar as abordagens para a proficiência oral dos alunos com base no princípio da inteligibilidade.
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