Revezamentos entre teoria e prática: Movimentos que acionam outros modos de pensar o ensino da arte
DOI:
https://doi.org/10.21814/rpe.14061Resumen
Este texto abordará algumas experimentações que temos realizado no Ensino Superior com as turmas de graduação e também com turmas de pós-graduação. Nosso desafio tem sido: como fazer um revezamento entre teoria e prática de maneira a que essas instâncias não aconteçam de formas separadas? Para tanto, temos procurado sobrepô-las de modo a que aconteçam concomitantemente. Essas experimentações têm se dado na forma de elaborar os projetos de estágio e nas próprias aulas de estágio curricular supervisionado, onde os professores em formação assumem uma turma na escola ou em outro espaço educativo. Igualmente no que se refere aos procedimentos de fazer pesquisa, procura-se que a dissertação e a tese também sejam operadas a partir deste revezamento e concomitância. Para a realização desta escrita empreendeu-se um estudo teórico-conceitual de cunho bibliográfico em autores filiados nas bases teóricas das filosofias da diferença. Desse modo, buscou-se a despersonalização dos autores para falar de uma vida que é escrita por atravessamentos e encontros, ou seja, pensar a vida como a própria elaboração do texto, uma escrita biografemática, seguindo a proposta de Roland Barthes. Assim fomos compondo, com o vivido, com as leituras, as falas nos encontros e as visualidades, os apontamentos, e a partir dessa materialidade é que ensaiamos esse texto.
Palavras-chave: Filosofias da diferença; Ensino da arte; Biografemática; Educação
ABSTRACT
This text will approach some experimentations we have developed in higher education with groups of undergraduate and graduate students. Our challenge has been: how to alternate theory and practice in a way that these instances do not happen apart from each other? To do so, we have sought to overlap them so that they happen concomitantly. These experimentations have occurred as elaborations of practice projects, in the classes of the supervised teaching practice, where teacher candidates are responsible for a school group or other. Equally, as far as research procedures are concerned, Master’s dissertations and PhD theses are also operated through this alternation and concomitance. To the accomplishment of this writing, a theoretical-conceptual bibliographic study has been developed with authors aligned with the theoretical basis of the philosophies of difference. Hence, we sought for the depersonalization of authors to speak of a life written by crossings and encounters, i.e. to think life as the very own elaboration of text, a biographematic writing, as Roland Barthes proposes. This way we started composing, with the experienced, the readings, the speeches in the encounters and the visualities, the notes, and through this materiality we wrote this text.
Keywords: Philosophies of difference; Art teaching; Biographematics; Education
Descargas
Citas
Barthes, R. (2003). Roland Barthes por Roland Barthes. São Paulo: Estação Liberdade.
Boutang, P.-A. (Realizador) (1988-1989). O abecedário de Gilles Deleuze [Entrevista a Giles Deleuze por Claire Parnet] [DVD]. Paris: Éditions Montparnasse.
Corazza, S. M. (2011). A formação do professor-pesquisador e a criação pedagógica. Revista da Fundarte, 11, 13–16.
Corazza, S. M. (2013). O que se transcria em educação? Porto Alegre: UFRGS.
Deleuze, G. (1992). Conversações. São Paulo: Ed. 34.
Deleuze, G. (2006). A ilha deserta e outros textos. São Paulo: Iluminuras.
Deleuze, G. (2009). Nietzsche. Lisboa: Edições 70.
Deleuze, G., & Guattari, F. (2012). Mil platôs 5. São Paulo: Ed. 34.
Deleuze, G. & Parnet, C. (1998). Diálogos. São Paulo: Editora Escuta.
Deligny, F. (2015) O aracniano e outros textos. São Paulo: n-1 edições.
Foucault, M. (1972). História da loucura. São Paulo: Perspectiva.
Foucault, M. (1991). Ditos e escritos (vol. 2). Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Foucault, M. (1997). A arqueologia do saber (5ª ed.). Rio de Janeiro: Forence Universitária.
Foucault, M. (2012). Os intelectuais e o poder (Conversa entre Gilles Deleuze e Michel Foucault). In M. Foucault, Microfísica do poder (30ª reimpressão, pp. 69-78). Rio de Janeiro: Edições Grall.
Gallo, S. (2010). Filosofia da diferença e educação: O revezamento entre teoria e prática. In S. M. Clareto & A. Ferrari (Orgs.), Foucault, Deleuze e educação (pp. 45–63). Juiz de Fora: Editora UFJF.
Hara, T. (2012). A errância e o mar de mil caminhos. Ensaios sobre a singularidade. São Paulo: Intermeios; Londrina: Kan Editora.
Kastrup, V. (2005). Políticas cognitivas na formação do professor e o problema do devir-mestre. Educação & Sociedade, 26(93), 1273–1288. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v26n93/27279.pdf
Kastrup, V. (2007). Flutuações da atenção no processo de criação. In E. Leger, S. Borba, & W. Kohan (Orgs.), Imagens da imanência, escritos em memória de H. Bérgson (pp. 103–123). Belo Horizonte: Autêntica.
Larrosa, J. (2011). Experiência e alteridade em educação. Reflexão e Ação, 19(2), 4–27. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/2444/1898
Mossi, C. P. (2016). Escritas, leituras, visualidades: Povoamentos para pensar a aula (ou a docência) como zona de pesquisa. Revista Digital do LAV, 9(2), 61–74.
Nietzsche, F. (1998). Genealogia da moral. São Paulo: Companhia das Letras.
Nietzsche, F. (2001). A gaia ciência. São Paulo: Companhia das Letras.
Oliveira, M. O. (2015). Como produzir clarões nas pesquisas em educação? Revista Educação Pública, 24(56), 443–454.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
1. Los autores y autoras conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo simultáneamente disponible bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite compartir el trabajo con el reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
2. Los autores y autoras pueden asumir contratos adicionales separadamente para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, depositar en un repositorio institucional o como capítulo de libro), con el reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
3. Los autores y autoras están autorizados y son incitados/as a publicar y compartir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o páginas personales) antes o durante el proceso editorial, pues puede dar lugar a modificaciones productivas o aumentar el impacto y las citas del trabajo publicado (Véase El Efecto del Acceso Libre).
Esta obra está disponible bajo la Licencia Creative Commons Atribución-CompartirIgual 4.0.