Vers des Convergences dans les Comportements Scolaires et les Représentations Territoriales entre Élèves Ruraux et Urbains ? Analyses Comparatives Rurales-urbaines en Fin d’École Primaire (France : Ardèche et Drôme)
DOI:
https://doi.org/10.25749/sis.10482Palavras-chave:
Contexte territorial, Élèves ruraux, Élèves urbains, Éducation et territoire, Représentation sociale du territoire / Education and territory, Rural pupils, Social representation of territory, Territorial context, Urban pupilsResumo
Résumé
Cette comparaison rural - urbain témoigne de la légère atténuation de la spécificité rurale qui a été observée de 2012 à 2014 à partir de la comparaison des enquêtes CM2 (fin de l’école primaire) et 5ème (collège) des deux suivis longitudinaux OER - OET sur les deux départements de l’Ardèche et de la Drôme (effectués entre 1999 et 2005, d’une part, et 2011 et 2016, d’autre part). Les toutes dernières enquêtes urbaines menées sur ces deux mêmes départements vont en effet dans le même sens que les sondages urbains antérieurs valentinois (Champollion, 2017 ; Champollion, Dos Santos & May-Carle, 2015). Y aurait-il donc à l’œuvre - portée par le développement dans tous les territoires d’internet et des réseaux sociaux ? - une tendance générale à l’homogénéisation et à l’uniformisation progressive des regards sur soi et sur l’école, ainsi que des représentations territoriales, notamment, qui traverserait tous les types de territoire, ruraux comme urbains ? Faudra-t-il dans cette perspective à terme « déconstruire » l’école rurale avec ses spécificités historiques, au-delà de la diffusion actuelle massive dans les milieux urbains, notamment dans l’éducation prioritaire, de sa « forme » la plus emblématique, la « classe à plusieurs cours » ? Sous réserve d’invalidation ultérieure par l’analyse du second suivi longitudinal OET, et entre autres de l’enquête 3ème en cours de saisie, les résultats des enquêtes présentées ici, tant sur le rural que sur l’urbain, semblent bien le confirmer…
Abstract
This rural—urban comparison testifies to the slight attenuation of the rural specificity that was observed from 2012 to 2014 from the comparison of the CM2 (end of primary school) surveys and 5th (secondary 1) of the two longitudinal OER - OET surveys on the two french départments of the Ardèche and the Drôme (1999-2005 and 2011-2016). The most recent urban surveys carried out on these two departments are in the same direction as the previous urban surveys of Valence (Champollion, 2017; Champollion, Dos Santos & May-Carle, 2015). Would there then be a general tendency—driven by the development in all territories of internet and social networks? —in the work to homogenize and gradually standardize views on oneself and on the school, as well as territorial representations, in particular, which would cross all types of territory, both rural and urban areas? Will it be necessary in this perspective to "deconstruct" the rural school and its historical specificities, beyond the current massive diffusion in urban areas, particularly in priority education, of its most emblematic "form", the "multi-grade classes "? Subject to further invalidation by the analysis of the second longitudinal OET follow-up, and in particular of the 3rd survey which is currently being captured, the results of the surveys presented here, both rural and urban, seem to confirm this...
Resumo
Esta comparação entre alunos dos meios rurais e urbanos atesta a ligeira diminuição da especificidade rural observada de 2012 a 2014 a partir da comparação dos inquéritos CM2 (final da Escola Elementar em França, correspondente ao 5º ano do Ensino Básico em Portugal) e 5ème do collège (correspondente ao 7º ano do Ensino Básico em Portugal) de dois levantamentos longitudinais efetuados pelo Observatório da escola rural (Observatoire de l’école rurale – OER) e pelo Observatório de educação e territórios (Observatoire éducation et territoires – OET), em duas divisões administrativas do território francês, Ardèche e Drôme, entre 1999 e 2005 e entre 2011 e 2016. As pesquisas mais recentes sobre territórios urbanos realizadas nestes dois locais apontam, de facto, na mesma direção que as pesquisas anteriores realizadas em Valência (Champollion, 2017; Champollion, Dos Santos & May-Carle, 2015). Haverá, então, uma tendência geral – impulsionada pelo desenvolvimento, em todos os territórios, da Internet e das redes sociais? – para homogeneizar e para uniformizar progressivamente as visões sobre si mesmo e sobre a escola, bem como as representações territoriais, em particular, que atravessariam todos os tipos de território, tanto nas áreas rurais como urbanas? Nesta perspetiva, será necessário “desconstruir” a escola rural e as suas especificidades históricas, além da sua atual difusão massiva nas áreas urbanas, particularmente no que diz respeito à questão da educação ou intervenção prioritária na sua “forma” mais emblemática, isto é, organizada por “turmas mistas”? Sujeito a uma invalidação posterior através da análise do segundo levantamento longitudinal da OET e, em particular, da 3ª investigação, que está atualmente em curso, os resultados dos inquéritos apresentados aqui, tanto no âmbito rural como no urbano, parecem confirmar isso...
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