Perceção do risco e ocorrência de lesões entre praticantes e técnicos de Canyoning

Autores

  • Diana Torres Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Desporto, Rio Maior, Portugal https://orcid.org/0000-0001-7598-8293
  • Luís Carvalhinho Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Desporto, Rio Maior, Portugal https://orcid.org/0000-0002-8914-7716
  • Miguel Veriato Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Desporto, Rio Maior, Portugal https://orcid.org/0009-0009-2614-3871
  • Nuno Mateus Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Desporto, Rio Maior, Portugal
  • Carlos Mata Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Desporto, Rio Maior, Portugal https://orcid.org/0000-0002-7565-8750

DOI:

https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i1.27890

Palavras-chave:

Canyoning, Fatores de Risco, Lesões Desportivas, Perceção do Risco

Resumo

O Canyoning está associado a diversos fatores de risco, visto que o seu objetivo é seguir uma linha de água ultrapassando obstáculos como cascatas. O estudo teve como objetivo identificar a perceção do risco e a incidência de lesões entre os técnicos e praticantes a nível nacional. A amostra é constituída por 93 praticantes de Canyoning, do género masculino e feminino com idades compreendidas entre os 18 e os 62 anos. Utilizou-se como instrumento um questionário validado para o efeito e adaptado ao Googleforms, sendo distribuído pelas federações, clubes e empresas de animação turística. Os principais resultados indicam que os técnicos apresentam uma maior perceção em relação à prevenção de acidentes (p=0,01) e lesões (p=0,01). A perceção do risco na dimensão humana (técnicos) apresentou diferenças significativas (p=0,01) relativamente ao nível de importância dos fatores entre praticantes e técnicos. Salienta-se ainda a relevância do próprio técnico, ao nível da formação, da atualização de conhecimentos e do entendimento sobre os locais de perigo, o que leva à realização de práticas de Canyoning com segurança, tanto para o técnico como para o praticante. Relativamente à ocorrência de lesões, esta foi idêntica para os grupos em estudo, ou seja, tanto para os técnicos (N=19), como para os praticantes (N=19) que sofreram lesões, essencialmente nos dedos das mãos (N=25; N=27). Conclui-se que a experiência e a formação profissional dos técnicos, permite que estes tenham um melhor controlo e prevenção, reduzindo os fatores de risco para o desenvolvimento da atividade.

Referências

Ayora A. (2011). Gestión del risco en montaña y en actividades al aire libre. Ediciones Desnivel, S.L. Madrid.

Ballesteros-Peña, S. (2013). Evaluación de la adherencia a las medidas de seguridad en la práctica deportiva del barranquismo en la sierra de Guara (Huesca). Archivos de Medicina del Deport. 30, 91–95.

Berghaenel R. (2008). Accidentes en montaña y condiciones meteorológicas. Centro de publicaciones secretaría general técnica ministerior de medio ambiente y medio rural y marino. Madrid.

Brandão, A., Monteiro, D., Pereira, J., Coelho, E., & Quaresma, L. (2018). Perceived Risk Questionnaire in Canyoners: Content validity, cross-validation and transcultural invariance across Portugal and Spain. Motricidade, 20-31. https://doi.org/10.6063/MOTRICIDADE.12790

Carvalhinho, L., Frazão, H., & Moutão, J. (2013). The safety of young adolescents in nature-based sports. Risk perception and prevention. Atención Primária, 45, 27-27.

Carvalhinho, L., Rodrigues, L., Nunes, G., & Rosa, P. (2014). Formação de técnicos (treinadores) de grau I de desporto de natureza. Estudo das competências profissionais. In 2º Congresso da Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém, Santarém-Portugal.

Carvalhinho, L., Mata, C., & Rosa, P. (2018). Segurança em desportos de montanha: Perceção dos Fatores de risco na escalada. Journal of Sport Pedagogy & Research, 4(2).

Cater, C. I. (2006). Playing with risk? Participant perceptions of risk and management implications in adventure tourism. Tourism Management, 27(2), 317–325. https://doi.org/10.1016/j.tourman.2004.10.005

Ernstbrunner, L., Schulz, E., Ernstbrunner, M., Hoffelner, T., Freude, T., Resch, H., & Haas, M. (2018). A prospective injury surveillance study in canyoning. Injury, 49(4), 792–797. https://doi.org/10.1016/j.injury.2018.03.003

Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal. (2013). Canyoning—Definição e História [Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal - FCMP]. Canyoning. Consultado em dezembro, 12, 2021 em http://www.fcmportugal.com/Canyoning.aspx

Hardiman, N., & Burgin, S. (2011). Canyoning adventure recreation in the Blue Mountains World Heritage Area (Australia): The canyoners and canyoning trends over the last decade. Tourism Management, 32(6), 1324–1331. https://doi.org/10.1016/j.tourman.2011.01.002

Mata, C., & Carvalhinho, L. (2020). Seguridad y gestión del riesgo en el deporte al aire libre - revisión sistemática exploratoria: Security and risk management in outdoor sports – an exploratory systematic review. SPORT TK-Revista Euro Americana de Ciencias Del Deporte, 59–64. https://doi.org/10.6018/sportk.413331

Mata, C., Pereira, C. & Carvalhinho, L. (2022). Safety Measures and Risk Analysis for Outdoor Recreation Technicians and Practitioners: A Systematic Review. Sustainability, 14(6), 3332. https://doi.org/10.3390/su14063332

Paixão, J. A., Gabriel, D., Tucher, G., Kowalski, M., & Costa, M. (2011). Risco e aventura no esporte na percepção do instrutor. Psicologia & Sociedade, 23(2), 415–425. https://doi.org/10.1590/S0102-71822011000200023

Silva, M. (2010). Modelos de Formação em Turismo e Desporto de Natureza—Estudo Caso de Canyoning [Tese de Mestrado, Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril]. Repositório Comum. http://hdl.handle.net/10400.26/2448

Soteras, I., Subirats, E. & Strapazzon, G. (2015). Epidemiological and medical aspects of canyoning rescue operations. Injury, 46(4), 585–589.

Stephanides, S. L., & Vohra, T. (2007). Injury Patterns and First Aid Training Among Canyoneers. Wilderness & Environmental Medicine, 18(1), 16–19. https://doi.org/10.1580/1080-6032(2007)18[16:IPAFAT]2.0.CO;2

Strapazzon G., & Larsen G.L. (2017). Canyoneering and canyon medicine. In Auerbach P.S. ed. Auerbach’s Wilderness Medicine.

Ströhle, M., Beeretz, I., Rugg, C., Woyke, S., Rauch, S., & Paal, P. (2019). Canyoning Accidents in Austria from 2005 to 2018. International Journal of Environmental Research and Public Health, 17(1), 102. https://doi.org/10.3390/ijerph17010102

Downloads

Publicado

2023-12-30

Como Citar

Torres, D., Carvalhinho, L., Veriato, M., Mateus, N., & Mata, C. (2023). Perceção do risco e ocorrência de lesões entre praticantes e técnicos de Canyoning. Revista Da UI_IPSantarém, 11(1), e27890. https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i1.27890

Edição

Secção

Artigos