Forças de Reação do Apoio na Marcha em idoso com Artroplastia do Joelho Estudo Caso

Autores

  • Inês Leal Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Desporto de Rio Maior
  • Bárbara Tavares Escola Superior de Desporto de Rio Maior
  • Cristiana Mercê Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Desporto de Rio Maior; Centro Interdisciplinar de Estudo da Performance Humana, CIPER, Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa, Cruz Quebrada Dafundo, Portugal; Psicologia Aplicada, Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém
  • Marco Branco Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Desporto de Rio Maior; Centro Interdisciplinar de Estudo da Performance Humana, CIPER, Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa, Cruz Quebrada Dafundo, Portugal; Psicologia Aplicada, Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém

DOI:

https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i3.32495

Palavras-chave:

Artroplastia Total, Joelho, Idoso, Forças de Reação

Resumo

A avaliação da marcha é um fator crucial na medição dos resultados pós-operatório da Artroplastia Total do Joelho (ATJ). Esta opção cirúrgica destina-se a pacientes com estágios avançados de degeneração articular no joelho, envolvendo a substituição completa da articulação por uma prótese de forma a restaurar o movimento e a qualidade de vida do paciente. Em Portugal, entre o ano de 2021 e 2023 foram realizadas 3.494 ATJ. As principais vantagens desta opção cirúrgica centram-se na redução da dor, melhoria da função biomecânica e aumento da qualidade de vida. A cinética consiste na área de estudo da biomecânica que objetiva estudar as forças que atuam no movimento, sendo fundamental para a sua compreensão. Uma das possibilidades de estudo desta área consiste na análise das Forças de Reação do Apoio (FRA). Estas forças estão associadas à hipertrofia óssea, pelo que são basilares na compreensão do papel da atividade física na saúde óssea. O objetivo deste estudo caso consistiu em avaliar e comparar as FRA entre os membros inferiores com e sem ATJ. Foi incluído um participante do sexo masculino com 68 anos, o qual  realizou uma única sessão de marcha contínua, à sua velocidade natural, durante aproximadamente 30 segundos. Foram recolhidos dados de velocidade angular, para os três eixos do movimento, através de da aplicação Phyphox. Os dados foram tratados no software Scilab-2023.0.0 (64 bit) e foram calculadas as FRA (FRA) para os três eixos. Relativamente ao ciclo da marcha, o participante apresentou uma menor fase de apoio em ambos os membros inferiores comparativamente com o padrão de marcha de adultos saudáveis. No membro sem ATJ esta fase terminou aos 53% e no membro com ATJ aos 49%, ambos os valores inferiores aos 62% do padrão. Relativamente às FRA, no eixo ântero-posterior, o membro sem ATJ travou mais do dobro na fase de apoio em comparação com o membro com prótese. No eixo vertical, o membro sem ATJ exerceu mais FRA ao tocar com o calcanhar no chão. No eixo médio-lateral, na fase de balanço, verificaram-se mais irregularidades da marcha, com o membro sem ATJ a apresentar valores de FRA negativos, o que implica maior recrutamento dos músculos posteriores, e o membro com ATJ a apresentar valores positivos, indicando maior recrutamento dos músculos anteriores. Considerando os presentes resultados, recomenda-se que o participante realize exercícios específicos de fortalecimento muscular, visando fortalecer os grupos musculares envolvidos na estabilização dessas articulações, i.e., joelho e tornozelo. Apesar do crescente interesse e número de estudos que analisam a marcha em pacientes com ATJ, a necessidade de continuar a investigar esta temática mantém-se devido ao baixo número de participantes incluídos nos estudos publicados.

 

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Publicado

2023-12-31

Como Citar

Leal, I., Tavares, B., Mercê, C., & Branco, M. (2023). Forças de Reação do Apoio na Marcha em idoso com Artroplastia do Joelho Estudo Caso. Revista Da UI_IPSantarém, 11(3), 79–80. https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i3.32495

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