A incidência de lesões desportivas nas atletas de futsal feminino em Portugal. Um estudo exploratório
DOI:
https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i3.32493Palavras-chave:
Incapacidade Física, Jogos Coletivos, Mulheres, Raparigas, Membros InferioresResumo
O futsal tem crescido exponencialmente ao longo dos tempos, consistindo atualmente numa das modalidades mais praticadas em todo o mundo. Caracteriza-se por ser um jogo rápido e intenso, com mudanças de velocidade e direção abruptas e com elevado nível de contacto físico entre adversários. Por consequência, o futsal é um dos desportos com maior incidência de lesões, o que pode ter um impacto significativo na vida dos atletas em vários campos, levando a paragens desportivas, dor e sintomatologia física. Além disto, pode também ter repercussões no campo psicológico, como a diminuição da autoestima e aumento de estados de ansiedade. Assim, torna-se, pertinente caracterizar e analisar a incidência de lesões nesta modalidade, a fim de permitir a consideração de estratégias de prevenção e atuação mais adequadas. O objetivo deste estudo consistiu em caracterizar e analisar os tipos de lesões em atletas de futsal do sexo feminino, de Portugal. Foi aplicado o Inquérito de Morbidade Referida (IMR) adaptado ao futsal, a 89 atletas femininas federadas de escalão sénior, com uma média de idades de 25,2 ± 6,0 anos. Verificou-se, que durante a época desportiva de 20/21 e 21/22, ocorreram 98 lesões na totalidade. O tipo de lesão mais frequente consistiu na lesão articular, mais especificamente a entorse tibiotársica (27,1%), resultado este que vai ao encontro da literatura anterior. O mecanismo de lesão mais frequente revelou-se como a paragem brusca (21,2%), o local anatómico de lesão mais frequente foi o pé (22,4%), e o retorno aos treinos foi maioritariamente sintomático (55,3%). Conclui-se que a maior parte das lesões ocorre nos membros inferiores, com alta incidência no pé. Recomenda-se a implementação de técnicas que reduzam a incidência de lesões e as suas repercussões, nomeadamente, programas específicos de prevenção da entorse da tibiotársica e programas de mindfulness.
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