Pós-Humanismo e Educação: O Potencial da Inteligência Artificial na Inclusão no Ensino Superior
DOI:
https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i4.35989Palavras-chave:
Inteligência Artificial, Ensino Superior, Inclusão, Pós-Humanismo, EducaçãoResumo
Este artigo aborda avanços em pesquisa científica e iniciativas práticas relacionadas com a Inteligência Artificial (IA) e Inclusão no Ensino Superior. Baseando-se em uma revisão sistemática de literatura elaborada por Crompton e Burke (2023) e no Relatório de 2020 da UNESCO, o estudo visa fornecer uma visão abrangente do estado atual da IA no Ensino Superior.
A revisão científica analisou 138 estudos originais e revisados por pares (2016-2022), revelando um aumento exponencial na produção científica sobre IA nos últimos anos. A maioria dos estudos é conduzida na Ásia, Europa e América do Norte, destacando a crescente importância deste tema. A área de Educação lidera, representando 28% dos estudos. Os usos da IA no Ensino Superior foram categorizados em avaliação, previsão, assistência ao aluno, sistemas de tutoria inteligente e gestão das aprendizagens. A IA emerge como ferramenta vital, influenciando positivamente a avaliação de alunos, previsão de desempenho, apoio individualizado e análise de dados educativos.
No âmbito da inclusão, foram identificadas 45 iniciativas promissoras no relatório da UNESCO. Treze destas são conduzidas por Instituições de Ensino Superior, distribuídas globalmente. Quatro áreas fundamentais de intervenção foram delineadas: promoção do acesso à IA e inovação, aumento do acesso a oportunidades de aprendizagem, melhoria da eficácia da aprendizagem e combate à desigualdade de género.
A análise dos resultados destaca diferenças geográficas entre a pesquisa e as iniciativas em curso. Enquanto a maioria dos estudos é produzida nos centros tradicionais de conhecimento, as ações práticas estão concentradas em regiões onde o acesso à educação é historicamente limitado. Essa disparidade destaca o potencial transformador da IA em contextos desafiadores. O estudo enfatiza o papel central dos alunos como principais beneficiários da IA no Ensino Superior. Tanto na pesquisa quanto nas iniciativas, a IA é percebida como catalisadora da aprendizagem, proporcionando maior autonomia e superando barreiras cognitivas e sociais para diversos grupos estudantis.
Concluindo, este estudo contribui para a compreensão do potencial promissor da IA na Inclusão no Ensino Superior. A IA, enquadrada no contexto do Pós-Humanismo, emerge como uma tecnologia que pode transformar a educação, proporcionando processos mais inclusivos e integrados. O foco na aprendizagem autónoma e individualizada destaca a capacidade da IA em atender às necessidades diversas dos estudantes, alinhando-se aos princípios de equidade e transformação educacional.
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