Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação

Autores

  • Ana Filipa Ribeiro Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.
  • Elisabete Pereira Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.
  • Francisco Matias Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.
  • Marta Azenha Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.
  • Ana Luísa Macedo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.
  • Maria do Rosário Órfão Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.

DOI:

https://doi.org/10.25751/rspa.10127

Palavras-chave:

Hipotermia perioperatória, temperatura corporal, termorregulação, monitorização, prevenção, aquecimento, segurança, inquérito

Resumo

Introdução: A monitorização da temperatura, manutenção da normotermia, prevenção e tratamento da hipotermia perioperatória inadvertida são considerados, atualmente, standard of care. Este trabalho teve como principais objetivos conhecer a prevalência da monitorização e manutenção da temperatura no período perioperatório, nas instituições de saúde em Portugal; e identificar os motivos para o eventual incumprimento das recomendações internacionais.

Material e Métodos: Foi elaborado um inquérito aos anestesiologistas portugueses, que pretendia avaliar a importância que estes atribuem à monitorização da temperatura e prevenção da hipotermia perioperatória inadvertida, assim como a sua prática clínica nas instituições onde exercem funções.

Resultados: Obtiveram-se 108 respostas ao questionário. A maioria dos anestesiologistas atribui grande importância à monitorização da temperatura. Contudo, a maioria admite não monitorizar ou fazê-lo com pouca frequência no pré-operatório, e de forma mais frequente no intra-operatório e pós-operatório imediato. A maioria dos inquiridos considera como indicação para aquecimento ativo um volume ≥1000ml/h e tempo anestésico previsto >60 minutos. Quanto à temperatura das salas de bloco operatório foi referida como sendo <21ºC pela maioria dos inquiridos.

Discussão e Conclusão: Verificamos que a monitorização da temperatura é um aspeto considerado importante na qualidade da prática anestésica. O local de monitorização da temperatura parece depender do doente e do procedimento cirúrgico. Destaca-se a necessidade, por parte das diversas instituições de saúde do país, de mais investimento em dispositivos de aquecimento e técnicas de monitorização de temperatura, de forma a melhorar a qualidade do desempenho. Salienta-se ainda a necessidade de recomendações sobre este tópico, adequadas à realidade nacional.

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Publicado

2017-03-09

Como Citar

Ribeiro, A. F., Pereira, E., Matias, F., Azenha, M., Macedo, A. L., & Órfão, M. do R. (2017). Manutenção da normotermia perioperatória em Portugal ̶ questionário de avaliação. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 26(1), 10–17. https://doi.org/10.25751/rspa.10127

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