Avaliação Crítica de um Estudo de Avaliação Económica (Parte II): Estudos de Custo-Efectividade e Custo-Utilidade

Autores

  • Luís Filipe Azevedo
  • Bernardo Sousa-Pinto

DOI:

https://doi.org/10.25751/rspa.19778

Palavras-chave:

Análise Custo-Benefício; Anos de Vida Ajustados por Qualidade de Vida; Estudos de Avaliação; Investigação Biomédica; Modelos Económicos

Resumo

Os estudos de custo-efectividade e custo-utilidade correspondem a tipos de avaliação económica completa, pelo que procuram informar simultaneamente acerca dos custos e consequências das alternativas em estudo. Nos estudos de custo-efectividade, as consequências são expressas sob a forma de unidades naturais de efectividade (e.g., anos de vida ganhos). Nestes estudos, a comparação de alternativas tem
por base a determinação de razões de custo-efectividade incremental (ICER) (razão entre a diferença de custos médios/estimados e a diferença de efectividades médias/estimadas) – uma alternativa é considerada custo-efectiva quando o seu ICER é inferior ao limiar de aceitabilidade definido. Ou seja, quando se considera que a alternativa acarreta ganhos de efectividade a custos pelos quais a sociedade está disposta a pagar. Por sua vez, nos estudos de custoutilidade, as consequências são expressas sob a forma de unidades de efectividade ajustadas para as preferências dos indivíduos ou da sociedade. Os quality-adjusted life years (QALYs) constituem um exemplo de tais medidas, incorporando simultaneamente informação relativa à sobrevida média e à qualidade de vida subjacente ao estado de saúde resultante. Nos estudos de custo-utilidade, a comparação de alternativas tem por base a determinação de razões de custoutilidade incremental, cujo método de cálculo e interpretação são similares aos dos ICER.

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Referências

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Publicado

2020-04-02

Como Citar

Azevedo, L. F., & Sousa-Pinto, B. . (2020). Avaliação Crítica de um Estudo de Avaliação Económica (Parte II): Estudos de Custo-Efectividade e Custo-Utilidade . Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 29(1), 18–21. https://doi.org/10.25751/rspa.19778

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