Editorial da RSPA Vol 21 N 4, 2012

Autores

  • António Augusto Martins Editor da Revista da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, Serviço de Anestesiologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.25751/rspa.8859

Resumo

A presente revista pretende ser uma reflexão sobre o futuro da especialidade tal como ela está definida pela União Europeia dos Médicos Especialistas (UEMS) / Secção de Anestesiologia (EBA) e a controvérsia gerada pela proposta de criação da especialidade médica primária de Medicina Intensiva.

As opiniões expressas nos editoriais e artigos de opinião sobre este assunto apontam, sumariamente, para sérias limitações desta estratégia como:

Comprometimento do conceito essencial da multidisciplinaridade da Medicina Intensiva

A competência isolada nesta área limita as saídas profissionais e releva o problema do burnout do profissional de saúde

Profissional com menor treino clínico com entrada ab initio numa área considerada complexa e abrangente

A importação de conceitos sem a evidência clínica comprovada ou mesmo contrários a tal desiderato.

Neste contexto, torna-se igualmente importante a análise crítica sobre as Diretrizes e Currículo da UEMS/EBA, publicadas em 2011, produzida pelo colega membro do Colégio da especialidade que colaborou na elaboração destas orientações – Professor Joaquim Viana.

 

(espaço separador)

 

A publicação de dois textos elaborados e anunciados durante as comemorações do Dia Mundial da Anestesiologia – 16 de Outubro – na cidade de Coimbra revestem-se de particular relevância para a nossa especialidade. A Declaração de Coimbra e a Carta da Anestesiologia e Direitos do Cidadão são dois documentos complementares e fruto de uma reflexão sobre o posicionamento da nossa especialidade dentro da comunidade médica e na sua relação com a sociedade civil.

A ambiguidade vivida nas instituições de saúde, no momento atual, releva a importância de documentos que recentrem as especificações e complementaridades da Anestesiologia como especialidade médica transversal numa unidade de saúde.

As áreas em que os anestesiologistas são peritos e reconhecidos dentro da UEMS – Medicina Perioperatória, Medicina Intensiva, Medicina de Emergência e Medicina da Dor - constituem a expressão e os pilares da especialidade.

A instituição e promoção do Dia Mundial da Anestesiologia é uma forma mediática de chegar a públicos mais alargados, mas o trabalho continuado nas diferentes áreas em que ela é perita será fundamental para aumentar sua visibilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2016-03-22

Como Citar

Martins, A. A. (2016). Editorial da RSPA Vol 21 N 4, 2012. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 21(4), 4. https://doi.org/10.25751/rspa.8859

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>