O Feminismo como Pedagogia e Inflexões sobre a Ideia de Cidadania
DOI:
https://doi.org/10.25755/int.26955Resumo
O presente artigo pretende contribuir com a discussão proposta no Dossiê “Gênero, educação para cidadania e infâncias” a partir da preposição do Feminismo como Pedagogia. Entende-se que o feminismo se constitui em um campo teórico-pragmático fértil para pensar gênero e educação da infância, sobretudo, em uma educação antissexista, antirracista e com diretrizes que priorizam a igualdade, a justiça social e a promoção de uma cidadania igualitária. O artigo se organiza em três sessões: a primeira apresenta uma espécie de genealogia dos feminismos, localizando seus debates e demandas de modo a situá-los como campo do qual se derivam os estudos de gênero; a segunda sessão apresenta a maneira pela qual os feminismos questionaram a narrativa moderna e masculina de cidadania, potencializando a preposição de que os feminismos podem se constituir como uma Pedagogia em prol da cidadania igualitária; a terceira sessão analisa criticamente a Pedagogia, considerando a realidade brasileira, e a maneira pela qual esta se constituiu sobre bases androcêntricas e eurocentradas, não correspondendo à realidade das nossas crianças brasileiras, e por outro lado, sugere-se que, a base para uma inflexão deste campo está nos feminismos. O feminismo como pedagogia emerge, portanto, como uma inflexão teórica, mas também como um sonho e uma reivindicação, acreditando que por ele possamos construir uma nova Pedagogia para infância que garanta às crianças, entre outras dimensões, uma educação em prol da garantia de seus direitos, entre eles, a cidadania igualitária.
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